segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Afirmações

Trato a política com a devida distância. Nem sempre a percebo, nem sempre me interessa, encontro-lhe podres mal cheirosos e maléficos dos quais me apetece fugir. Quando tentei aproximar-me mais dela, assustei-me. Não havia gente sã, havia gente com interesses. Ainda assim e como cidadã, não posso negá-la, ou simplesmente ignorá-la, pelo que a sigo, numa distância que considero de salvaguarda. Existem actos políticos mais sensatos, outros menos, outros ainda nos intermédios da coisa, enfim, para todos os gostos, direcções, ideais, crenças e convicções. E existem afirmações que, ainda que se pensem, não devem ser proferidas. Não fazem sentido, infestam o povo, que infestado já está. E desanimam quem ainda crê qualquer coisa, por pouco que seja. Já perdemos muito, e se perdermos de vez a crença, entraremos num desânimo perigoso. O desânimo é inimigo do homem, tapa-lhe os olhos, os ouvidos, prende-lhe as mãos. Tudo, porque a mente fica entorpecida. E é por ela que passam todos os sentires.

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