Somos seres de pequenos actos, embora na nossa humilde inteligência gostemos de pensar que somos donos das grandes obras. Todos os dias, nestes em especial, em que o sol nasce para nos comprar as vontades, acreditamos que conseguiremos mudar o que está mal, acrescentar ao que falta, remendar o que se possa. O mundo não passa, porém, de um embuste disfarçado de saber incauto. Mal a noite caia, mal o copo esvazie, mal o corpo se relaxe e se encontre num segundo, e não seremos mais do que a nossa fraca compleição, enriquecida e empobrecida por todas as histórias. É por isso que pouco me importa o que me dizem. Sei de fonte segura que a realidade vai muito além do que se encontra num dia claro, cheio de certezas aleatórias e lugares comuns.
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