quarta-feira, 28 de agosto de 2019

(...)

O universo coloca-nos à prova, todos os dias. Quando tropeçamos e batemos com o nariz na porta, quando acordamos e sentimos o peso da vida aos ombros, quando nos deitamos e rebolamos por entre os lençóis, arranhados pelo desassossego. Depois, quando menos se espera, reorganiza-se. Nesse dia o nosso corpo respira com mais lentidão, focamos o caminho e, sem pressa, aguardamos nova intempérie. Nunca nada está terminado.

( Ela sabe bem disso enquanto segura o bebé nos braços. Uns olhos majestosamente grandes, um riso fácil, um choro elevado. Todo o mundo está ali, naquele pequeno ser. Que a mata e ressuscita, todos os dias. Invariavelmente.)

4 comentários:

  1. Ainda bem que voltou!
    E sim, os bebés são isso mesmo, fez-me lembrar os livros da Elena Ferrante, cheios dessa ambiguidade que as mães sentem e que raramente aparece na literatura portuguesa.
    ~CC~

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    Respostas
    1. Essa ambiguidade, não é socialmente bem-vinda... :)

      Vou voltando, de vez em quando CCF. Obrigada pela simpatia.

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