segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Lá em cima está o tiroliroliro, cá em baixo está o tiroliroló

Não acredito em castigos divinos. Não concebo caminhos dados à priori, nem emendas à posteriori, sou uma pessoa capaz de duvidar das horas marcadas, dos destinos traçados, de tudo quanto me remeta para uma premonição exagerada, soa-me a impossível, eleva-me à incredulidade, deixa-me sempre no limbo do inexplicável. Mas sou terrena o suficiente para acreditar que usualmente o mal gera o mal, e o bem gera o bem. Acredito piamente no poder da acção como criadora de outras acções. Sou totalmente subjugada ao rigor da retribuição e à força da sensatez, tanto quanto à consequência da malvadez, da supremacia e do desrespeito. Não conheço outros caminhos para além destes, pelo que considero que o que existir em paralelo serão ironias do destino, uma simples excepção a confirmar a regra. Tudo o resto é a harmonia do mundo, a cantar na direcção certa:

Lá em cima está o tiroliroliro, cá em baixo está o tiroliroló, 
Lá em cima está o tiroliroliro, cá em baixo está o tiroliroló, 
Juntaram-se os dois à esquina, a tocar a concertina, a dançar o solídó,
Juntaram-se os dois à esquina, a tocar a concertina, a dançar o solídó,

(Cantar com ritmo e acompanhado por gestos, de preferência ao espelho, e até estarem a rir de vós próprios. Reconhecer a  humildade da existência dá saúde e faz crescer, muito muito.) 

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