sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

ciências

À discussão encetada sobre a mesa do jantar, insisto na importância da história e da filosofia para o desenvolvimento humano. Repito que o carácter se desenvolve no pensamento e na viagem pelo trajecto do mundo, e que sem eles nunca seremos ninguém. O pragmatismo defendido por quem aprecia que um e um seja sempre igual a dois, sem se debruçar minimamente nas variáveis externas imensuráveis,  refuta claramente esta minha teoria. Mas ora vejamos, e sem qualquer desprimor pelas exactas, profundas preciosidades da medicina, da física, da mecânica, da informática e do mundo em geral, questiono-vos na mais profunda das ignorâncias, a quem recorrem na ânsia da paz de espírito? Ao rigor instituído de uma qualquer instituição, ou ao conforto da vossa dimensão existencial?

( As aulas de filosofia que o meu filho traz para casa, têm-me dado anos de vida. Na correria dos dias, na medição das horas de sono, de trabalho, de lazer ou de distâncias, andava esquecida do lugar seguro onde o domínio da existência nos pode levar. O senão é perigoso, mas compensa o risco. Quando conseguimos saltar da genialidade da matemática, para a genialidade dos sentidos, percebemos que nada do que se quantifica, chega para existirmos. A bem da verdade, todas as ciências fazem sentido, é o que é: o que umas arrumam, as outras desarrumam.)

2 comentários:

  1. Ainda há mesas de jantar onde se insista na importância da história e da filosofia para o desenvolvimento humano?

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