Aproveito a época pra falar de mudança...
Há e tal, pro ano vou mudar de vida, começo a dieta, vou-me empenhar mais no trabalho, vou começar a poupar dinheirito pra fazer aquela viagem...
Pois é pessoal, o ano muda, mas nós não...
Que tal não estar à espera da mudança de ano, pra mudar o que tem de ser mudado? Que ao fim e ao cabo, não são mais do que uma série de coisas juntas, que não tivemos coragem de mudar ao longo do ano transacto, ligeiramente, quando tinha de ser, na hora H, no dia D... Por que carga de água, o dia 1 de Janeiro nos vai dar um poder imensamente grandioso que nos vai permitir mudar tudo de uma vez?
Porque mudança de ano, é sinal de alterações, de um começo, de uma nova época...
Não digo que não, embora me pareça insensato acreditar que nos dá poderes pra mudar aquilo que por fraqueza, ou outro qq motivo, durante o ano corrente não conseguimos por em prática...
Soa-me assim àquela teoria que diz que as crianças dizem "que fazem mais logo", porque acham que mais logo ainda vem tão longe, que as vai safar artisticamente do temível banho, ou do horror de lavar os dentes...
Enfim, mas como existe uma criança em todos nós, se calhar é esse o pressuposto, e estamos perdoados...
Entretanto, feliz ano novo... De mudança, ou não, já vai da necessidade ou da capacidade de cada um... Que seja feliz
O que me faz reflectir... Todos os textos que aqui publico são de minha autoria, e as personagens são fictícias. Excluem-se aqueles em que directamente falo de mim, ou das minhas opiniões, ou onde utilizo especificação directa para o efeito.
domingo, 28 de dezembro de 2008
quinta-feira, 25 de dezembro de 2008
Feliz Natal...
Um feliz Natal para todos; com tudo o que normalmente se pede, e também com reflexão... Não costuma fazer parte dos desejos, mas faz falta... Como a saúde, a paz, a amizade... Pra evoluirmos, como gente... Pronto, hoje to praqui virada... Sorry
Mais uma tipica do Zé Povinho...
Não sei se percebo a humanidade... Também não sei se a quero perceber... Por vezes sinto como que uma impotência tremenda pra compreender as entranhas do que nos move; o porque das coisas, o que nos impulsiona... Serão as nossas vontades? Os olhos dos outros? A censura da sociedade? Como psicóloga se calhar devia compreender, mas confesso que por vezes me perco...
Mas também é o que me desafia diariamente... A busca incessante, a conquista do entendimento... Pena que muitas vezes conclua que o que nos move é extrínseco, ou seja sem alma... Custa menos, exige pouco, mas não dá mais... Mais uma tipicamente Portuguesa; viva a lei do menor esforço... Mesmo que para isso percamos o calor da glória, e ganhemos o morno da resignação...
Mas também é o que me desafia diariamente... A busca incessante, a conquista do entendimento... Pena que muitas vezes conclua que o que nos move é extrínseco, ou seja sem alma... Custa menos, exige pouco, mas não dá mais... Mais uma tipicamente Portuguesa; viva a lei do menor esforço... Mesmo que para isso percamos o calor da glória, e ganhemos o morno da resignação...
terça-feira, 23 de dezembro de 2008
domingo, 21 de dezembro de 2008
Escolhas
Cada vez mais me convenço que há escolhas definitivas; por mais que nos libertemos, por mais que pensemos que podemos mudar o rumo... Credo, assusta-me esta visão definitiva, e luto contra ela diariamente. Hoje a luta parece-me perdida... Mas é só hoje, só pode...
quinta-feira, 18 de dezembro de 2008
Eu, Carla...
É Natal, é Natal, e até já a Radio Comercial publicou a sua música, desta feita com direito a louvor...
Pronto, cá estou eu todinha dentro do espírito natalício; ele é festa daqui, ele é festa dacolá...
E como boa mãe que se preze, amanha vou ser o Pai Natal na festa de escolinha do rebento; na falta de um pai voluntário, barrigudo e barbudo... Será que são todos elegantes??? Só pode, embora na teoria das probabilidades as hipóteses sejam remotas; cá vai a Carla... A propósito, já vos disse porque me chamo Carla? Numa busca etiológica do meu belo nome descobri as reais razões... Reza a história, que são de personalidade forte, e que preferem a velha máxima de que mais vale sós do que mal acompanhadas... Esquisita, armada aos cucos, dizem as más línguas; realmente, só pode... Esticando a teoria dos papás, que estão todos elegantes e n podem fazer de pai Natal, o resto da espécie, também deve estar à altura... Ai ai, rica mãezinha; a culpa é tua que me chamaste Carla... E esta heim??
Pronto, cá estou eu todinha dentro do espírito natalício; ele é festa daqui, ele é festa dacolá...
E como boa mãe que se preze, amanha vou ser o Pai Natal na festa de escolinha do rebento; na falta de um pai voluntário, barrigudo e barbudo... Será que são todos elegantes??? Só pode, embora na teoria das probabilidades as hipóteses sejam remotas; cá vai a Carla... A propósito, já vos disse porque me chamo Carla? Numa busca etiológica do meu belo nome descobri as reais razões... Reza a história, que são de personalidade forte, e que preferem a velha máxima de que mais vale sós do que mal acompanhadas... Esquisita, armada aos cucos, dizem as más línguas; realmente, só pode... Esticando a teoria dos papás, que estão todos elegantes e n podem fazer de pai Natal, o resto da espécie, também deve estar à altura... Ai ai, rica mãezinha; a culpa é tua que me chamaste Carla... E esta heim??
quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
Impulso...
Por vezes agimos por impulso, seguindo alguma motivação intrinseca, ou extrinseca, não importa... O que importa é q não devemos nunca esquecer de que tudo o que fazemos tem uma consequência...
Hoje to pra Filosofia...
" Se eu não morresse nunca... E eternamente buscasse e conseguisse a perfeição das coisas..." Cesário Verde, grande Poeta...
Porque hoje estou filosófica... E buscava algumas coisas agora, buscava buscava; pefeitas claro, daquelas que só eu sei...
Porque hoje estou filosófica... E buscava algumas coisas agora, buscava buscava; pefeitas claro, daquelas que só eu sei...
domingo, 14 de dezembro de 2008
Só Deus Sabe...
Só Deus Sabe. Sabem o que isto é?
O nome de uma criança, referida hoje no Jornal O Público, que morre à fome no Zimbabué. A mãe, por achar que só Deus saberá se vai ou não vencer a mais dura luta da sua vida, resolveu baptiza-la assim...
Num dia em que se discute, com toda a legitimidade, como resolver a crise em Portugal, numa época onde as preocupações mundiais se centram na economia, choca-me, mas choca-me verdadeiramente que ainda se morra de fome no mundo...
E hoje fico por aqui...
O nome de uma criança, referida hoje no Jornal O Público, que morre à fome no Zimbabué. A mãe, por achar que só Deus saberá se vai ou não vencer a mais dura luta da sua vida, resolveu baptiza-la assim...
Num dia em que se discute, com toda a legitimidade, como resolver a crise em Portugal, numa época onde as preocupações mundiais se centram na economia, choca-me, mas choca-me verdadeiramente que ainda se morra de fome no mundo...
E hoje fico por aqui...
CPL
Ora cá estou, a fim de tecer umas considerações...
Hoje apetece-me falar um bocadinho duma Intituição que me é cara. É um assunto sério, mas que merece toda a minha atenção, e deveria merecer a de toda a gente, não pra criticar, mas pra procurar soluções... Falo da Casa Pia de Lisboa, que também já foi a minha casa ( com muito gosto), e que foi ontem, vitima de mais um escandalo. Um escandalo nada a ver com os anteriores, mas um escandalo... Um escandalo que me sensibiliza, especialmente porque envolve uma morte, sofrida muito antes do tempo, mas também porque me faz pensar nos jovens, no sofrimento a que são sujeitos para dar origem áquele tipo de violência desmedida, com sede de morte, de vingança...
Mas quem lhe ensina?
Quem lhe ensina o que há de bom, se nasceram na violência?
Quem lhe ensina o que é um segredo ao ouvido, quando cresceram no meio de gritos?
Quem lhe ensina o respeito pelo próximo, quando cresceram no desrespeito, na desigualdade? Quem lhe ensina o amor à vida, quando cresceram na lei bala, do mais forte, do matar ou morrer, onde nada de perde, mas também onde pouco se ganha?
Quem lhes ensina um rumo, quando se cresce à deriva, sem porto de abrigo onde atracar quando algum vento sopra mais forte...
Há tanto a fazer, tanto a trabalhar... Mas acreditem ou não, já se faz muito, e a perspectiva a encarar, que me movia todos os dias era "onde estariam estes jovens, se não fossemos nós?"; Por pouco que parecessem crescer ou evoluir, evoluiam sempre, debaixo de uma dedicação extrema das pessoas que trabalham com eles, e que lhe dispõem o seu tempo, o seu amor, a sua dedicação; por uma causa nobre... Muito nobre mesmo... E essa dedicação faz milagres... Muda o rumo, se é que me entendem. Invertem a tendência... Nem sempre se consegue, mas consegue-se muitas vezes; e mesmo que fossem poucas, são vidas, são gente; gente sem colo, gente até ai vazia...
Sou suspeita, eu sei, porque também eu sou um bocadinho gansa... De qualquer forma, alvíssaras pra CPL... Sempre, e apesar de tudo...
Pronto, hoje o assunto era sério... Mas tinha de ser. A Casa Pia merece...
Hoje apetece-me falar um bocadinho duma Intituição que me é cara. É um assunto sério, mas que merece toda a minha atenção, e deveria merecer a de toda a gente, não pra criticar, mas pra procurar soluções... Falo da Casa Pia de Lisboa, que também já foi a minha casa ( com muito gosto), e que foi ontem, vitima de mais um escandalo. Um escandalo nada a ver com os anteriores, mas um escandalo... Um escandalo que me sensibiliza, especialmente porque envolve uma morte, sofrida muito antes do tempo, mas também porque me faz pensar nos jovens, no sofrimento a que são sujeitos para dar origem áquele tipo de violência desmedida, com sede de morte, de vingança...
Mas quem lhe ensina?
Quem lhe ensina o que há de bom, se nasceram na violência?
Quem lhe ensina o que é um segredo ao ouvido, quando cresceram no meio de gritos?
Quem lhe ensina o respeito pelo próximo, quando cresceram no desrespeito, na desigualdade? Quem lhe ensina o amor à vida, quando cresceram na lei bala, do mais forte, do matar ou morrer, onde nada de perde, mas também onde pouco se ganha?
Quem lhes ensina um rumo, quando se cresce à deriva, sem porto de abrigo onde atracar quando algum vento sopra mais forte...
Há tanto a fazer, tanto a trabalhar... Mas acreditem ou não, já se faz muito, e a perspectiva a encarar, que me movia todos os dias era "onde estariam estes jovens, se não fossemos nós?"; Por pouco que parecessem crescer ou evoluir, evoluiam sempre, debaixo de uma dedicação extrema das pessoas que trabalham com eles, e que lhe dispõem o seu tempo, o seu amor, a sua dedicação; por uma causa nobre... Muito nobre mesmo... E essa dedicação faz milagres... Muda o rumo, se é que me entendem. Invertem a tendência... Nem sempre se consegue, mas consegue-se muitas vezes; e mesmo que fossem poucas, são vidas, são gente; gente sem colo, gente até ai vazia...
Sou suspeita, eu sei, porque também eu sou um bocadinho gansa... De qualquer forma, alvíssaras pra CPL... Sempre, e apesar de tudo...
Pronto, hoje o assunto era sério... Mas tinha de ser. A Casa Pia merece...
sábado, 13 de dezembro de 2008
Paciência ( outro termo, please... Já n posso c este!!!)
Hoje apetece-me dissertar sobre a palavra paciência, que confesso, começo a abominar...
Não me apetece ir trabalhar, mas paciência, tenho de ir; apetece-me ficar a dormir, mas paciência, tenho me levantar que a minha melguinha de 5 anos está a berrar q quer o pequeno almoço; n me apetece ir pra piscina, mas paciência, tenho de ir, faz bem à saude e ajuda a manter a maldita da linha que por esta altura já teima em ficar uma corda daquelas com que salatava aos seis de idade... Apetece-me comprar "aquela" Luis Vutton, mas paciência, não posso porque levava-me o ordenado e o resto do mês tinha de ir pra porta da Igreja tocar viola e pedir esmola, e confesso, não sou muito boa nessas coisas de instrumentos musicais; e pra além disso a solidariedade no nosso pais... Apetecia-me ter tempo pra ler o jornal todas as manhas, mas entre acordar, despachar, levar a melguita à escola, e chegar a horas ao trabalho, a maratona já é de tal forma longa, que inserir uma paragem no quiosque da Dona Rosa pra comprar o jornalito, assume um carácter de tarefa inatingivel, digna de medalha olimpica quando conseguida... Prai uma vez por mês, exceptuando obviamente o fim de semana; olha, paciência...
E apetecia-me ainda mais algumas coisas, muitas mesmo; mas enfim; olha paciência, paciência, paciência, paciência...
Ou entretanto algum iluminado desaparece com esta palavra do nosso dicionário, ou quem lhe "dá cabo da saúde" sou eu mesma. Esperem pra ver...
Não me apetece ir trabalhar, mas paciência, tenho de ir; apetece-me ficar a dormir, mas paciência, tenho me levantar que a minha melguinha de 5 anos está a berrar q quer o pequeno almoço; n me apetece ir pra piscina, mas paciência, tenho de ir, faz bem à saude e ajuda a manter a maldita da linha que por esta altura já teima em ficar uma corda daquelas com que salatava aos seis de idade... Apetece-me comprar "aquela" Luis Vutton, mas paciência, não posso porque levava-me o ordenado e o resto do mês tinha de ir pra porta da Igreja tocar viola e pedir esmola, e confesso, não sou muito boa nessas coisas de instrumentos musicais; e pra além disso a solidariedade no nosso pais... Apetecia-me ter tempo pra ler o jornal todas as manhas, mas entre acordar, despachar, levar a melguita à escola, e chegar a horas ao trabalho, a maratona já é de tal forma longa, que inserir uma paragem no quiosque da Dona Rosa pra comprar o jornalito, assume um carácter de tarefa inatingivel, digna de medalha olimpica quando conseguida... Prai uma vez por mês, exceptuando obviamente o fim de semana; olha, paciência...
E apetecia-me ainda mais algumas coisas, muitas mesmo; mas enfim; olha paciência, paciência, paciência, paciência...
Ou entretanto algum iluminado desaparece com esta palavra do nosso dicionário, ou quem lhe "dá cabo da saúde" sou eu mesma. Esperem pra ver...
sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
Pra começar...
Cá estou, novinha em folha ( mas só por cá, pq de resto já tenho uns aninhos)...
É uma responsabilidade, um primeiro texto pra o meu blog, ainda por cima com um nome destes...
Há pois é, os homens que se cuidem... Nós cada vez choramos menos. Numa sociedade em que a cada dia nos é exigido cada vez mais a perfeição, nós ganhamos resistência, e enfrentamos o dia a dia, que começa horas antes do deles e termina horas depois, com um sorriso de orelha a orelha... Somos fortes, é o que é... Mas custa como o caraças, não digam que não meninas; por isso vou deixar-me de discursos feministas, até pq n tem mto a ver comigo... Continuo portanto a afirmar um desejo de sempre: Quando nascer outra vez, vou ser homem... Ponto!!!
É uma responsabilidade, um primeiro texto pra o meu blog, ainda por cima com um nome destes...
Há pois é, os homens que se cuidem... Nós cada vez choramos menos. Numa sociedade em que a cada dia nos é exigido cada vez mais a perfeição, nós ganhamos resistência, e enfrentamos o dia a dia, que começa horas antes do deles e termina horas depois, com um sorriso de orelha a orelha... Somos fortes, é o que é... Mas custa como o caraças, não digam que não meninas; por isso vou deixar-me de discursos feministas, até pq n tem mto a ver comigo... Continuo portanto a afirmar um desejo de sempre: Quando nascer outra vez, vou ser homem... Ponto!!!
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