quinta-feira, 7 de novembro de 2013

absurdos

Depois da crucificação de Margarida Rebelo Pinto em praça pública, posso deixar umas notas soltas sobre o assunto. Não gosto dela enquanto escritora, mas já a li. Só por isso sei que não gosto mesmo, não trata mera recusa por loiras elegantes que escrevem romances de amor e prozac, nem sequer uma antipatia generalizada, estilo Valter Hugo Mãe. Não percebi muito bem porque se prestou a fazer comentário público sobre política, mas enquanto cidadã tem todo o direito a fazê-lo, tanto quanto qualquer outro português. A diferença é que ela o fez num programa televisivo. Que o povo esteja farto de política, dos políticos e da crise, eu percebo. Que entenda achincalhar quem nos governa, manifestar o seu desagrado, e fazer esperas encapuçadas ao Senhor Primeiro Ministro, eu também consigo considerar. Mas vetar a oportunidade de manifesto oposto ao da globalidade, parece-me um absurdo. Uma democracia prima pela liberdade, e liberdade é escolha pessoal e única de opinião, postura e manifestação.

(A ridicularização excessiva é ridícula.)   

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