Ontem abeirei-me de uma mesa de queijos como se de um manjar se tratasse. Agarrei num prato grande e abasteci-me das mais diversas qualidades, gostos e cheiros, enquanto uma fatia de pão bem grossa acompanhava o repasto. Sentei-me com calma e tranquilidade ao mesmo tempo que uma nesga de sol teimosa me atingia na cara, mas não lhe liguei grande coisa. Vazei meio copo de tinto para molhar a boca a cada mudança de paladar, e demorei-me naquilo uma boa hora. Soube-me pela vida, e fez-me repensar que a fartura é uma virtude francamente pouco recomendável. Há muito que não comia queijos e a espera valeu-me a pena, julgo ser capaz de aguardar mais um meses para tamanho petisco. É claro que não me apraz aproveitar a ideia para a generalidade dos prazeres terrenos, mas ainda assim levou-me a pensar que a avidez da ganância é um pecado bem mais danoso do que a simples satisfação de uma gula. Tudo é sempre relativo, até quando se joga ao pecado.
Pecado da gula... Ai CF, sou mesmo pecadora!!! Mas sabe tão bem!!! Se não for por mais nada, só pelos petiscos portugueses, ainda bem que nasci neste pedacinho de terra a beira mar!! ;-)
ResponderEliminarOs nossos pitéus são do melhor do mundo Maria João... :))
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