segunda-feira, 25 de agosto de 2014

pecado

Ontem abeirei-me de uma mesa de queijos como se de um manjar se tratasse. Agarrei num prato grande e abasteci-me das mais diversas qualidades, gostos e cheiros, enquanto uma fatia de pão bem grossa acompanhava o repasto. Sentei-me com calma e tranquilidade ao mesmo tempo que uma nesga de sol teimosa me atingia na cara, mas não lhe liguei grande coisa. Vazei meio copo de tinto para molhar a boca a cada mudança de paladar, e demorei-me naquilo uma boa hora. Soube-me pela vida, e fez-me repensar que a fartura é uma virtude francamente pouco recomendável. Há muito que não comia queijos e a espera valeu-me a pena, julgo ser capaz de aguardar mais um meses para tamanho petisco. É claro que não me apraz aproveitar a ideia para a generalidade dos prazeres terrenos, mas ainda assim levou-me a pensar que a avidez da ganância é um pecado bem mais danoso do que a simples satisfação de uma gula. Tudo é sempre relativo, até quando se joga ao pecado.

2 comentários:

  1. Pecado da gula... Ai CF, sou mesmo pecadora!!! Mas sabe tão bem!!! Se não for por mais nada, só pelos petiscos portugueses, ainda bem que nasci neste pedacinho de terra a beira mar!! ;-)

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    1. Os nossos pitéus são do melhor do mundo Maria João... :))

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