segunda-feira, 8 de agosto de 2016

pleno

O amor é talvez a única forma de sermos mais plenos, ao amarmos vivemos mais. Ao amarmos vivemos tudo o que o outro vive, de bom e de mau, de ganhos e de desilusões. Chegamos a antecipar o que nunca acontece e a temer o que felizmente nunca chega, por amor. Amar é existir numa outra vida para além do nosso corpo, é conseguirmos ser felizes com sonhos que não nos pertencem. É ajudar a construí-los e saborear as medalhas, como se nós próprios as tivéssemos ganho. É gritar em sintonia, na zanga da vida. E é ainda chorar, se for preciso, porque a tristeza nos engole no exacto momento em que o outro nos disse que naquele instante está mesmo muito triste. Amar pode não ser salvar, pode não ser curar, pode não ser só sorrir. Amar é viver a vida do outro e a nossa, e criar um sítio onde simbolicamente sabemos que não somos só um. Somos muito mais do que isso, somos mais plenos, somos também a vida de uma outra pessoa. E vivê-mo-la também.

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