sábado, 13 de outubro de 2012

É fim de semana de moda no recanto, e apeteceu-me seguir a dica, com direito a opinião.


(Foto da colecção TM Collection, na Vogue)

A moda será, como qualquer outra coisa que se relacione com o ser humano, limitada. Não quero com isto dizer que haja um limite para o que se pode fazer, construir, ambicionar, desenhar, e perdoem-me lá a antítese. Os limites, palavra ambígua e completamente condicionada, centram-se sempre numa moderação coexistente com a nossa natureza, ou não fôramos nós deles precisados, sujeitos até, muito embora façamos questão de abrir a boca e expulsar cá para fora, de forma cheia e encorpada, que somos livres. Balelas. Em traços gerais, constituem o limiar a partir do qual, e quando ultrapassado, entramos no vazio da existência, o mais profundo de todos os nossos medos.
No caso da moda o terreno é outro. Mais ligeiro, por assim dizer. Tudo se pode igualmente fazer, é um facto, vivas sempre à liberdade, mas existe um exacto limite onde se ganha entrada, fácil e directa, no campo do hiperbólico, do excessivo, do ruidoso, que equivalerá provavelmente ao local onde tudo se pode perder, local esse completamente individualizado. Felizmente então que a nossa mente, também ela limitada e ilimitada ao mesmo tempo, e seguindo este critério da individualidade, permite a existência de todos os campos de acção, de todos os estilos, de todas as realidades. Senão, fossemos todos unicamente cingidos à mesma linha de moderação, e eu queria ver quem é que teria a ousadia de vestir isto. Por exemplo. É que quem diz isto, diz muitas outras coisas, devidamente aplaudidas e aclamadas, aqui e acolá, hoje e amanhã. Até porque para inovar é preciso variar. E o mundo, esse, acompanhar. 

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