sexta-feira, 26 de outubro de 2012

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Existimos, mas é dentro do nosso corpo. O que deitamos cá para fora é o que sabemos ser certo dizer, ou ainda, e indo mais longe, o que conseguimos converter em palavras. Não quero com isto indiciar que dizemos coisas despropositadas, mas só que o que sentimos é bem mais complexo do que aquilo que se pode expedir, ou até mesmo tentar dar, ordenado, em frases seguras e lineares. 

(Até mesmo porque as palavras, e agora extrapolando, nunca dizem tudo, por muito que sejamos detentores de um léxico surpreendente. Isto porque conseguimos sentir para além do razoável, cá dentro somos perfeitamente ilimitados. Da boca para fora obedecemos a padrões, o que é por si só uma valente contenção.)

6 comentários:

  1. E é pena esta limitação. Mas podemos sempre fazer esforços para nos aproximarmos de alguma verdade. A tentativa por si só, já contara para alguma coisa.

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  2. Conta claro, mas penso ser realmente impossível. Como diz alguém que muito prezo, falta dicionário, por completo que esteja...

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  3. A maior parte do que sentimos fica perservada intacta em nós. Pode não ser mau de todo...

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  4. Não, não me parece nada mau. Sentimos, claro, mas vezes há em que queríamos dar. Há palavras que dizem muito? Há, muitas. Mas por vezes não conseguem acartar o que lhe queríamos colocar dentro...

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