quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Contemplações



O mundo não acaba ainda, digo eu sem qualquer tipo de legitimidade probatória. Não deveríamos dizer estas coisas, muito embora os exercícios da lógica nos firmem as palavras que depomos por entre as certezas construídas no regimento dos dias, que nos compõem em jeito de irmandade, mais coisa menos coisa. Mas também e ao mesmo tempo, não sei se a coerência recebida por mãos de ciências distintas me deverá sossegar para além da razoabilidade encerrada nos limites do passado, sendo o porvir um domínio completamente inexistente e consequentemente imerso em total desconhecimento. Não sei se me apraz pensar muito no assunto. Não sei sequer se algum dia terei posições claras e definidas que excedam os limites físicos do meu corpo, sendo que até esses e muito embora supostamente previsíveis, deverão ser acautelados em planeamentos e projecções futuras, dada a fragilidade comprovada na qual nos movemos enquanto matéria e espírito, totalmente circunscritos, a quê, não sei. Depois abro os olhos e observo o redor que guardo em cada fragmento de mim. Escuto sons, sinto verdades, vejo uns horizontes que se abrem e se estendem sem  impaciências, quase como se as brisas divinas soprassem em quartos crescentes de luas nascidas em horas exactas, enquanto os planetas se alinham seguidinhos no domínio do sol que alumia Lisboa. Não sei ao certo o porquê das insistências. Não explico as ânsias curiosas que nos comem, que mais não são do que agonias de espíritos inquietos demasiado abarrotados por avidezes, excessivamente esquecidos de contemplações. Erro crasso, digo eu. Eventualmente, abusivamente e sem dever.

4 comentários:

  1. Posso tentar explicar insistências. Várias vezes, se quiseres... :p

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  2. Paulo, tenta explicar-me. E quero várias vezes, sim. Estou certa de que com a tua explicação, irei compreender... :)
    ( Acho que também sou boa nisso de explicar mais vezes. Ouvi dizer, um dia...)

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  3. Quem to disse sabia muito bem do que falava. Também te posso explicar porquê. Várias vezes.

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    1. Eu quero que expliques tudo... Quem mo disse sabe umas coisas. Umas que eu digo, outras que eu transpareço, olha, sabe que se farta, é o que é... :)

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