Cheirei uma cesta de figos maduros. Estavam à distância, mais ou menos uns cem metros, e o malvado do aroma percorreu-me as estranhas que ainda desesperam zangadas na ânsia da degustação. Lembrei-me da árvore que vivia inclinada no monte escondidinho, à beira do rio. Eu, ladina, subia-a com mãos, com pés e com espírito, e uma vez lá em cima estava no topo do mundo. O mundo não tem topos, hoje sei isso. O mundo tem locais, todos da mesma altura, e somos nós que nos elevamos quando vencemos. No cimo da figueira, no fundo do lago, no pico da serra, na serenidade do vale.
Sou maluca por figos e "sinto" o cheiro a metros de distância
ResponderEliminar:) Também eu. Maduros ou secos com nozes ou amêndoas...
EliminarHoje tenho cá uma cesta cheia deles. Vivesses mais perto e passavas para os provar :)
ResponderEliminarÓ, se passava... :)
Eliminar( Hoje também comi, vindos directamente da figueira da avó. Deliciosos...)