sexta-feira, 26 de setembro de 2014

agricultura

Por vezes não consigo entender a lógica do mundo. No meu humilde parecer, francamente restrito, a natureza deveria secar alguns ventres, apagar algumas vozes, matar alguns gestos. Em vez disso fertiliza-os e dissemina incoerência, como quem planta um milheiral. 

4 comentários:

  1. Nos puzzles, há aquelas peças que são extraordinariamente difíceis de entender onde encaixam, seja pela sua forma repetida, seja pela cor indistinta, normalmente monocromática. Isoladamente, fora do puzzle, não fazem sentido, são monótonas, parecem dispensáveis. Mas na grande arquitectura, quando finalmente encaixam, libertam a zona do cérebro que chama por fecho, causam alívio. O desígnio secreto do que não parece ter desígnio é completar a nossa imagem do mundo -- o incoerente sustenta o coerente, dá-lhe origem, como toda a ordem nasce do caos.

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    1. Xilre, não posso contrariar. Sei que assim funciona, como na felicidade, como na bondade... Porém, na análise individual por vezes exigida, assume-se a rejeição. Empreitada completamente impossível e até indesejável, sei disso...

      Bom fim de semana para si.

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  2. Eu fico frequentemente na dúvida entre um significado maior e o aleatório. Se por vezes penso que há coisas que estão fora do nosso alcance da compreensão mas que terão um propósito, outras vezes penso que há sucessões de acasos e aberrações da natureza que não têm necessariamente que ter um motivo.
    Pode parecer parvo mas quando piso formigas ao acaso o aleatório vem-me muito à cabeça... :)

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    1. Mãe Sabichona, são sei se têm, eu pelo menos, e numa primeira análise, não os consigo encontrar... Há os que me incomodam menos, mas depois há os que me incomodam mais. E esses, confesso, fazem-me pensar... ( pisar formigas não me incomoda muito, mas se calhar deveria... :))

      Beijinho. Bom fim de semana para si.

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