quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

o melhor do meu mundo

É claro que as minhas pessoas são as melhores do meu mundo. É claro que o meu filho, desde que saiu do meu corpo e se deitou sobre o meu peito foi o mais belo dos bebés, a mais terna criança, o melhor adolescente de todos. Não faço questão de o elogiar ao desbarato, os meus olhos são olhos de mãe que encontram a perfeição no amor que lhe sinto, na mesma exacta medida em que todas as outras mães do mundo olham para as suas crias. Não constitui esta avaliação a mais pura das verdades, a única real verdade é o meu amor, mais do que suficiente para lhe amar o cheiro, os olhos, os medos, os defeitos, a inteligência, a emotividade. Na mesma forma com que o amaria se em todos estes pontos estivesse o oposto. Acredito que no amor romântico possa existir um efeito semelhante, sem que a verdade se perca. Não que o outro seja sempre o melhor dos melhores, mas se o não for, se ao lado existir sempre melhor semântica, pose ou elegância, o reflexo será sempre negativo. Não é a verdade que se instala, muito embora até possa ser. É a certeza de que a perfeição não existe, coisa que não se compatibiliza mesmo nada com a confiança, a certeza e a grandeza do único amor. E não me falem, por favor não me falem de lógicas, realidades e capacidades de compreensão e encaixe. Não há mulher nem homem que não precise de ser o melhor em tudo, mesmo que saiba, obviamente, que não será nunca. A mente é complexa, mas desmontada é mais simples do que uma roda dentada. Basta só girar para o lado certo, que muitas vezes, tantas vezes, não sabemos exactamente qual é.

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