Ainda continuo na dúvida existencial entre o dinheiro e o tempo, na classificação internacional do luxo. Hoje pensei nisso quando trouxe o jornal que não li por falta de tempo, a alguém com horas vagas que não o pode comprar. Abriu a janela, sorveu o ar com cheiro a humidade, encostou-se numa cadeira carunchosa e deixou-se estar, com tempo e sem dinheiro nenhum.
( Isto foi escrito há uns dias mas não foi publicado, por falta de tempo e paciência. Entretanto, e por portas travessas, descubro outro luxo muito mais importante: a lucidez. Levem-me o pouco dinheiro, roubem-me as réstias do tempo, mas deixem-me a lucidez fora disto. Não há nada mais incómodo do que observar a sua inexistência, aqui e ali, em apontamentos extraordinariamente frágeis, alucinados, pequenos de meter dó.)
( Isto foi escrito há uns dias mas não foi publicado, por falta de tempo e paciência. Entretanto, e por portas travessas, descubro outro luxo muito mais importante: a lucidez. Levem-me o pouco dinheiro, roubem-me as réstias do tempo, mas deixem-me a lucidez fora disto. Não há nada mais incómodo do que observar a sua inexistência, aqui e ali, em apontamentos extraordinariamente frágeis, alucinados, pequenos de meter dó.)
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