sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

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Se encaramos desajustes nas pessoas, deveríamos também considerá-los nos animais. Encarar que um cão só pode ser mau por culpa dos donos, equivale, mais coisa menos coisa, a dizermos que as pessoas só são más, eventualmente desajustadas, por culpa dos pais. Será que a natureza foi perfeita com eles e imperfeita connosco? Será que não há leões bons, formigas preguiçosas, gatos desajeitados e galos dorminhocos?

(Gosto mesmo muito de animais. Sou completamente a favor dos seus direitos e dos nossos deveres para com eles. Só sou contra fundamentalismos. Basicamente é isso.) 

7 comentários:

  1. Concordo..e este texto lembrou-me um acontecimento recente...

    Sorrisos...

    Ana

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  2. Concordo completamente, Carla. Penso que houve desenvolvimentos novos dos quais nada sei acerca da criança de 18 meses e do cão atacante. Falando só do que sei até agora, é para mim incompreensível que haja uma petição contra o a abate do cão e não haja outra ou outras (muitas) a defender as crianças - aliás nem sequer se falou da criança, a um certo ponto. Ora bem, estou farta deste tipo de fundamentalismos e um animal (por muito que os respeite) não vale mais do que uma criança/vida humana. Ponto. Ou andamos com as coisas trocadas? Outra coisa que dizes muito bem : dizem sempre que o cão é mansinho, que nunca fez mal a ninguém. Curioso porque com os psicopatas e serial killers é muitas vezes assim, é quase sempre assim. Muito calmos, não fazem mal a ninguém... até que um dia... E mais não digo. Obrigada pela tua racionalidade, humanismo e voz.

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    1. Fátima, é isso mesmo que me indigna. Os excessos aliados a opiniões extremistas que mais não são do que irracionalidades, quando se perde a noção dos limites. Respeito por eles, claro, mas clareza de opinião. E respeito pela vida humana, ainda para mais indefesa. Enfim...

      ( Quem agradece sou eu, a tua simpatia :)...

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  3. pelo q percebi, a criança entrou numa cozinha escura e tropeçou no cao q se assustou.
    1) assim como há pessoas, há caes q nao deveriam estar perto de crianças. nem todos sao pachorrentos e peluches, cada um tem a sua personalidade e burro é aquele q decide meter um cao denominado perigoso perto de uma criança.
    2) o abate do cao é a ultima soluçao. os meus pais tiveram um cao que, um dia mordeu uma pessoa e decidiram metê.lo numa quinta. ainda o foram visitar, doridos com saudades mas conseguiram uma soluçao.
    3) o abate nao é um castigo para nenhum cão. se a pena de morte é um aviso para os humanos, para os caes sao o fim.
    4) pessoas que assinaram a petiçao (nao faço parte delas) nao gostam mais de animais do que de crianças. consegue-se gostar de ambos ou (geralmente) meter cada um no seu devido lugar. se essa tal petiçao conseguiu tanta gente, talvez exista algo que deva ser revisto na história.


    (beijinho)

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    1. Sophia, que bom tê-la por cá :)
      Concordo com tudo isso que diz. O que me transcende, e isso verdadeiramente, são mesmo os fundamentalismos excessivos. Julgo que se perdem clarezas necessárias para que se pense em coerência. Perguntaram-me ontem se eu concordava com o abate do cão. A única coisa que consegui dizer foi que não sabia muito bem o que dizer. São assuntos delicados, mexem com diversas questões. Analisá-los conforme merecem, será o mais prudente que se pode fazer... Sem, excessos...

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