O que me faz reflectir...
Todos os textos que aqui publico são de minha autoria, e as personagens são fictícias. Excluem-se aqueles em que directamente falo de mim, ou das minhas opiniões, ou onde utilizo especificação directa para o efeito.
sexta-feira, 8 de março de 2013
do dia...
Eu podia escrever qualquer coisa relativamente ao dia, que podia. Mas bati com os meus olhos aqui, e achei que dizia tudo, mas tudo, muito melhor do que eu diria.
Ora nem mais CF, a MP disse tudo, preto no branco! Pena é que as mulheres que fazem tanta questão de marcar (ou que lhes marquem com presentes) este dia desconheçam qual a sua génese.
Muito bom, Carla. Subscrevo e está completamente na linha do que escrevi há pouco lá No AEfetivamente. (O mimos consumistas então são o delírio...) Bjs
Confesso que não gostei. Cliquei no 'aqui' mas não gostei do que encontrei. E passo a explicar o porquê. Sinto-me à vontade para falar, porque não me revejo nem no primeiro caso, e felizmente também não nos outros. Apesar de tudo, vivo em Portugal e não sei o que será viver em condições tão pouco dignas para toda uma condição de ser mulher. Isso não quer dizer que não esteja consciente e informada do que passa no resto do mundo.
Mas vejamos porque digo que não gostei do 'aqui'. Porque me transmite má onda. Porque são assustadores estes ataques constantes a pessoas que ainda têm a sorte de ter uma vida bastante razoável. Porque provavelmente com esse nível de vida, dão trabalho a cabeleireiras e manicuras e restaurantes e lojas de roupa e outro tipo de lojas. E se essas pessoas ainda têm trabalho, devem-no também a esta gente que tanto criticam.
Porque a (pouca) economia que ainda existe agradece a gente desta. Que ainda tem poder de compra. Que compra. Que ajuda a que mais lojas não encerrem todos os dias. Que dão trabalho a muitos. Porque a não existir gente desta, o desemprego ainda teria um índice mais elevado. E eu não gosto deste tipo de "ressabiamento".
Porque existem pessoas que lutam para terem melhores condições de vida e, isso passa por terem uma melhor remuneração, de forma a proporcionar uma melhor educação aos filhos, uma melhor casa e por aí fora e, depois critica-se quem pode fazê-lo desta forma.
Se me dissessem que este tipo de discurso se deve ao Dia da Mulher, até que conseguiria compreender, mas e muito honestamente não me parece. Existe algum azedume nas palavras. Passa azedume nas palavras.
Qualquer dia o facto de alguém mostrar uma nota de cinco euros, vai ser sinal para ser abatido em praça pública, porque... ainda tem 5 euros.
Não é por aí o caminho, e só por isso não gostei. Os ataques constantes por parte de alguns começam a ser assustadores. Começamos a temer pela nossa integridade física. Pessoas de paz não falam assim. Pessoas de paz arranjam soluções, não arrasam outras pessoas.
Voltei atrás para dizer que não leve a mal o meu comentário, mas por vezes nós as mulheres atacamos demasiado as outras mulheres. Eu digo o que penso. Só isso. A tal história da frontalidade.
Maria, o cerne da questão está no esquecimento do essencial e na valorização do acessório. Mas disse o que pensa, tem todo o seu direito. Aqui nesta casa também só se diz o que se pensa. E ali na do Link, também.
Ora nem mais CF, a MP disse tudo, preto no branco! Pena é que as mulheres que fazem tanta questão de marcar (ou que lhes marquem com presentes) este dia desconheçam qual a sua génese.
ResponderEliminarÉ isso Cat, uma pena. Valoriza-se o superficial, e o resto ninguém lembra...
EliminarBeijinhos
Fui até ao blogue "Mãe preocupada".
ResponderEliminarEscuso-me a acrescentar o que quer que seja.
Quanta lucidez, quanta!...
Sim GL, quanta lucidez. Um blog a não perder, como vi que percebeu.
EliminarBeijinhos
Muito bom, Carla. Subscrevo e está completamente na linha do que escrevi há pouco lá No AEfetivamente. (O mimos consumistas então são o delírio...) Bjs
ResponderEliminarSim, os mimos consumistas são cá uma coisa... Ainda se o resto fosse lembrado. O pior, é que acaba por se valorizar apenas o irrisório. Enfim...
EliminarBeijinhos
Confesso que não gostei. Cliquei no 'aqui' mas não gostei do que encontrei. E passo a explicar o porquê.
ResponderEliminarSinto-me à vontade para falar, porque não me revejo nem no primeiro caso, e felizmente também não nos outros. Apesar de tudo, vivo em Portugal e não sei o que será viver em condições tão pouco dignas para toda uma condição de ser mulher. Isso não quer dizer que não esteja consciente e informada do que passa no resto do mundo.
Mas vejamos porque digo que não gostei do 'aqui'. Porque me transmite má onda. Porque são assustadores estes ataques constantes a pessoas que ainda têm a sorte de ter uma vida bastante razoável. Porque provavelmente com esse nível de vida, dão trabalho a cabeleireiras e manicuras e restaurantes e lojas de roupa e outro tipo de lojas. E se essas pessoas ainda têm trabalho, devem-no também a esta gente que tanto criticam.
Porque a (pouca) economia que ainda existe agradece a gente desta. Que ainda tem poder de compra. Que compra. Que ajuda a que mais lojas não encerrem todos os dias. Que dão trabalho a muitos. Porque a não existir gente desta, o desemprego ainda teria um índice mais elevado. E eu não gosto deste tipo de "ressabiamento".
Porque existem pessoas que lutam para terem melhores condições de vida e, isso passa por terem uma melhor remuneração, de forma a proporcionar uma melhor educação aos filhos, uma melhor casa e por aí fora e, depois critica-se quem pode fazê-lo desta forma.
Se me dissessem que este tipo de discurso se deve ao Dia da Mulher, até que conseguiria compreender, mas e muito honestamente não me parece. Existe algum azedume nas palavras. Passa azedume nas palavras.
Qualquer dia o facto de alguém mostrar uma nota de cinco euros, vai ser sinal para ser abatido em praça pública, porque... ainda tem 5 euros.
Não é por aí o caminho, e só por isso não gostei. Os ataques constantes por parte de alguns começam a ser assustadores. Começamos a temer pela nossa integridade física. Pessoas de paz não falam assim. Pessoas de paz arranjam soluções, não arrasam outras pessoas.
Voltei atrás para dizer que não leve a mal o meu comentário, mas por vezes nós as mulheres atacamos demasiado as outras mulheres. Eu digo o que penso. Só isso. A tal história da frontalidade.
ResponderEliminarMaria, o cerne da questão está no esquecimento do essencial e na valorização do acessório. Mas disse o que pensa, tem todo o seu direito. Aqui nesta casa também só se diz o que se pensa. E ali na do Link, também.
EliminarSorrisos, bom fim de semana para si.