sábado, 4 de outubro de 2014

perigo

Às vezes dou por mim interessadíssima num programa de televisão. Raro, muito raro, é de aproveitar. Ontem estava perdidamente apaixonada pela malvadez de Adolf Hitler, um homem que reunia no corpo fraqueza e maldade, um alvo de considerável interesse no campo da psicologia. É antagónica a vida que nos atiça o gosto por tudo quanto desvie, ao mesmo tempo que nos faz querer a harmonia, impossível de existir. Questiono-me como seria o mundo que eu ambiciono, coerente, regular, proporcionado. Ou no mínimo o que seria dos instintos de quem se exalta com o desvio andante. O que me intriga mais ainda, são as propriedades sedativas de um bom programa televisivo. Não sei quanto tempo passou até ouvir o meu filho, em surdina nos meus ouvidos, acorda mãe, já acabou... Por essa altura tinha abandonado por completo a minha curiosidade e o meu alvo infeliz, e já ia num mundo interno, perdida numa viagem de um sonho qualquer, quase tão disruptivo quanto maníacos medonhos. Um perigo este meu interior.

4 comentários:

  1. Desculpa, mas este meu comentário é para o post acima:

    If I could spend the rest of my life with you, I would do it over and over again. For the rest of my life and more quiet again.

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    1. (O post acima estava fechado a comentários. Que mau hábito, o da desobediência...:))

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