sábado, 19 de fevereiro de 2011

Pai


Teve fama de partir cabeças, braços e outros membros, não só a ele, mas ainda a quem lhe cruzava o caminho. Maria Carmina, por bem da sua saúde, atava-lhe uma guita comprida, a fim de pode bordar sossegada, sem o risco de escape. Assim que podia, e dado o fascínio por feijões, comia-os do caco do gato, mesmo que já os tivesse apanhado no prato. Tinha uma cara rebelde, que hoje reencontro no meu bem mais precioso, que detém o mesmo sorriso, o mesmo ar de malandro. É grande que se farta. O meu filho não posta por cá, mas se o fizesse, chamar-lhe-ia o melhor Avô do mundo. Tenho-o, por diversos factores, como um dos meus grandes orgulhos.
É meu Pai, e vamos agora ali, cantar-lhe mais um.

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