sábado, 1 de junho de 2013

ecos

Há temas onde a percepção do sentidos reservado ao excesso do limite da razoabilidade, pode fazer apelo. Falo lá agora de Albarrans que há tempos infinitos repetiam o horror da tragédia e o drama da desgraça, acompanhados por notícias do arco da velha e por vídeos assombrosos de meter medo. Não, até porque me recusaria, anexando ainda o jornal " O Crime", um sitio sanguinário que reunia pessoas cortadas em pedaços miudínhos e que a Dona Hédita folheava todas as quintas bem na minha beira, de olhos bem abertos. Falo disto, por exemplo, um lugar onde o fotógrafo apanha o que já não há e onde o mundo é mais cruel ainda, por ora sem mão humana instrutora do processo inicial. Dar o corpo à cirurgia invasiva deve ser medonho. Dá-lo junto com a cara ao mundo, para que a dimensão possa atingir a consciência da distracção que mora no lugar da prudência, é um acto de coragem, convenhamos. Falta-lhes um bocado, caramba, e que bocado. E não falo, como é óbvio, (só) do bocado que ninguém vê.

4 comentários:

  1. Acabei por não perceber: és contra ou a favor, ou contra e a favor...?

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    1. Completamente a favor. Já a campanha da APAV, tremendamente chocante, me fez todo o sentido. O efeito choque tem resultados, normalmente nas mentes mais adormecidas. E neste tema em particular, tudo quanto remete para a prevenção precoce me parece permitido. Por chocante que seja...

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    2. Não acho chocante nem penso que seja esse o objectivo. Muito pelo contrário, a cirurgia como prevenção deve ser ainda mais difundida e banalizada.

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    3. O objectivo é apelar à prevenção. As imagens são fortes, revelam fragilidade entre outras coisas. O objectivo central não é chocar, claro, mas não deixam de ser imagens importantes e capazes de fazer pensar e querer cuidar...

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