domingo, 23 de junho de 2013

s. joão

Um dia, teria uns 12, e fui na madrugada que se segue para ver o sol nascer no mar. A madrugada que se segue era de festa e de balões, de sardinha e de música popular, que se estendia noite afora com danças de pares. Foi o meu tio que me levou e estancamos a meio da serra de Santo António, local onde o sol nascia por entre nuvens brancas, lindo de morrer. Logo de seguida adormeci. Ainda agora vi nascer a lua e lembrei-me que sinto saudades de Vila Moreira. E das bolinhas de serradura presas por um elástico que eu sacudia até à exaustão do dito. E ainda da quermesse, local onde cinquenta escudos permitiam sonhar com quinquilharia exposta em escadinha, sem qualquer tipo de serventia a não ser a diversão propriamente dita, sem motivo e por opção. Passei por lá há pouco tempo, a bem da verdade. Mas é certo, sentido e sabido, que morro de saudades de Vila Moreira.

4 comentários:

  1. Caso para dizer que devemos sempre voltar aos locais onde já fomos felizes :)

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    1. Sim Spunick. O pior é quando os principais intervenientes, os avós, já não estão. E a máquina já não costura e o cão já não ladra... Enfim, mas voltar é bom, claro. Há boas memórias a recordar... :)

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  2. Respostas
    1. Molhava-me essencialmente na Fonte Moreira, uma fonte rodeada a tanques e a mato, onde se lavava roupa em tempos muito idos. A água era gelada, mas eu em criança não tinha frio...

      ( Para além da fonte dos namorados, na qual nunca me molhei, há em Vila Moreira um depósito de água, esse, o verdadeiro local dos encontros escondidos. Fica num alto de onde se avista parte da terra, e era para lá que fugiam os pares, especialmente em alturas de festa. Eu era miúda e de vez em quando espreitava, juntamente com outras almas como eu. Pequenas e malandrinhas. Depois fugíamos e riamos muito... :))

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