sábado, 28 de fevereiro de 2009

A Sociedade Prozac...

Por vezes penso que a vida é uma caminhada do caraças, carregadinha de armadilhas pra nos fazer cair redondos no chão quase a cada passo...
Nada parece fácil, e mesmo o que consideramos dado à partida, por vezes nos escapa, por entre os dedos, como se fosse areia... E nós, que pateticamente, ainda não descobri muito bem porquê, sempre depositamos a nossa felicidade nas mãos dos outros, trememos e abanamos, ás vezes caímos, outras não, mas ficamos muitas vezes enxovalhados o suficiente para necessitar de encontrar substitutos, ou seja, outras pessoas para a mais nobre tarefa das nossas vidas, encontrar a felicidade... Ora ai está o porquê de cada vez mais considerar que o ser humano é um bocadinho limitado... Numa sociedade marcada pela hipocrisia e falsidade, como podemos nós entregar a nossa vida na mão de outrem? Não podemos, ou melhor, não devemos; dai, a frustração dos nossos dias, e o número crescente de antidepressivos estilo Prozac, que mais não fazem do que criar um estado de animo fictício, para remediar males de alma... Porque investimos sempre, ou quase sempre na pessoa errada, na hora errada, no sitio errado... Como apaixonada pelo que pensamos, o que sentimos e porque agimos de determinada forma, questiono-me frequentemente o que será necessário introduzir nos manuais escolares ou na escola da vida para que consigamos em adultos ter as competências necessárias para centrar a nossa felicidade em nós, e nas nossas circunstancias, e não nos outros e nas maldades que muitas vezes nos fazem... Se de fora vier uma ajudinha, será bem vinda... Mas se não vier, o nosso instinto de sobrevivência deveria ser forte o suficiente para dar a volta sem desassossegos grandes... Como mãe, acho que este é um dos meus grandes desafios... Dotar o meu filho de capacidades para sobreviver tranquilamente neste mundo de cão...

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