sábado, 20 de agosto de 2011

Das redes sociais

Gosto muito desta coisa das redes sociais. Traduz literalmente o que se passa com a humanidade, completamente centrada no ilusório. Aprecio especialmente quando me chovem pedidos de amizade de pessoas que não conheço de lado nenhum, que me pretendem lá no burgo apenas e só para fazer número. Pessoas que não vão mais clicar-me para o que quer que seja, podendo eu concluir que ao aceita-las, vou passar a fazer parte de uma larga lista, género call center, para momentos de aflição e para efeitos de enchimento. Depois também gosto muito das pessoas que me conhecem de há largos anos, mas que por algum motivo ou circunstância da vida, se afastaram, sendo até possível que passem por mim na rua sem me cumprimentar. Mas que agora com esta evolução, querem muito ser minhas amigas. É que isto da virtualidade tem inerente aquela coisa gira da ausência de trabalho, do poder-se falar ou não, conforme apetece, do poder entrar no círculo de cada um, mesmo que se esteja fora dele, a fim de poder ver férias, fotografias, pensamentos e assim. E dizer-se gosto, ou não gosto, ou tecer-se uma qualquer outra consideração disparatada, que não significa nada, mas parece que significa muito, e que fica estampada lá no mural para toda a gente poder ler. Tudo isto no enorme conforto da distância. Gostamos mesmo destes fingimentos. Eu pela minha parte, vibro com isto tudo, como devem calcular.

5 comentários:

  1. Apesar de todas esses 'danos colaterais', eu gosto mesmo muito das redes sociais (leia-se: facebook). Demorei algum tempo a converter-me, mas acabei por lhes reconhecer vantagens e virtudes... Claro está que também me arrepio com a frivolidade daqueles que diariamente competem por números de amigos com mais de 3 algarismos, daqueles que adicionam pessoas que não conhecem (e até perfis falsos) sem ter noção que expõem a sua vida a alguém que pode não ter o melhor dos intuitos... etc. Lá está, as redes sociais são interessantes e úteis para quem lhes sabe dar uso e tem um mínimo de consciência.

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  2. Dulce,e apenas para que não me julguem de todo avessa, concordo. Mas ainda assim, julgo que facilmente se perde e se ultrapassa o limite do razoável. Não sempre, claro. Mas muitas vezes.

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  3. Eu gosto do facebook para ir pondo músicas que gosto no meu perfil. Fiz uma página do blog no facebook também, mas ninguém lhe liga puto, nem eu lol.

    De resto, concordo contigo. No entanto também já fui "encontrado" por pessoas que outrora foram muito importantes na minha. Não se reata a amizade mas faz recordar e, apesar de preferir olhar em frente, acho importante relembrar-me por vezes do que fui e de como cheguei ao que sou. Pancadas...

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  4. :):):) Esse é um dos pontos de vista :):) eu rendi-me e gosto de as gerir e vejo-lhes utilidade (mas tu sabes isso :):)) Bêjo

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  5. Também lhe vejo utilidade, claro. Como encontrar pessoas que não vejo há muito, tal como diz o menino do mar, ou ainda, divulgar alguma coisa, entre outras claro. Ainda assim, julgo que a dificuldade reside em vive-las com parcimónia. Mas isso, obviamente, não é so aqui, é em muito mais coisas. Esta, irrita-me especialmente, pela frequência com que me acontece o fenómeno que referi. Pessoas que se afastam, não me falam na rua, mas querem-me na lista.

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