sexta-feira, 26 de abril de 2013

liberdade

Não comemorei coisa alguma, não estive para isso. O dia, ainda assim, teve coisas. Há sempre coisas dentro dos dias, os dias são feitos para tal. Uma tomada de consciência da maioridade da afilhada revolucionária, da qual eu lembro perfeitamente o nascimento. O tempo voa e eu voo atrás, domínios do absoluto, há que aceitar. Os legos, esses, estavam um encanto. A Miss Piggy encavalitada numa mota e a dizer adeus, também. De lado encontram-se as construções do meu tempo. Peças soltas e de cores variadas, portas e janelas de portada, telhados e pouco mais. Nada de legos temáticos que hoje me chegam a casa com desenhos construídos à medida de um papel. E o sonho e a imaginação, caramba, moram onde?  Mais de noite, e muito, muito longe, escolhem o que não podem escolher. Quase que me acenam um cravo, que se calhar não cabe nas mãos, ou então é só branco raiado. O meu filho pergunta-me coisas sobre liberdade e sobre a revolução. - A partir de 1974 fomos livre, ou não? Tu já nasceste livre, mãe. - Sim filho, nasci. Todos, invariavelmente, gostamos de pensar que o somos, é esta uma das poucas formas de liberdade que conheço, ainda assim limitada. Será que conheço pouco? Sim sim, tenho um enorme apreço pelo caminho percorrido, só não consigo abstrair-me do todo, do dentro e do fora, da abrangência. Não sei sequer se o termo em estado mais puro se amolda connosco, mas quase arrisco dizer que não. Viva a liberdade. Viva!!

2 comentários:

  1. Pois... essa coisa da liberdade tem muito que se lhe diga.
    PS, o barco da Joana vai de vento em popa :)

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