sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Acção de Graças

A idade dos porquês é uma coisa muito mágica. Percebemos que eles aprendem a cada dia, entopem-se de curiosidades sem fim, perguntam-nos, como dizia a minha avó, o que esquece ao diabo. O meu filho encontra-se na idade dos porquês há tempo considerável, sendo que a dita se acentua à noite, quando eu tenho mesmo muito que fazer. E enquanto teclo em relatórios, respondo a perguntas como o que é uma vertente mágica, quem foi Paiva Couceiro, o que é que se faz no dia de Acção de Graças, e porque é que nós não temos, e por aí fora. Tento explicar-lhe tudo muito explicadinho, dotá-lo de capacidades de exploração para descobrir determinadas analogias que desconhece, no fundo, tento dar-lhe armas para se desenrascar, quando não estou por perto. Ontem, e enquanto jantava, disse-me, após já estar devidamente esclarecido do que era o dia de Acção de Graças, que de resto foi celebrado na escola, que me deu graças. Dês-te?, perguntei, um tanto ou quanto espantada. Dei mãe, tu és tão amiga e ensinas-me tantas coisas... E eu derreti-me, pronto, foi isso. Mesmo que às vezes pareça que isso a mim não me acontece. Acontece, acontece a todos.

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