sexta-feira, 4 de novembro de 2011

A mente, por vezes esquecida

Admiro muito todos os avanços que se fazem no estudo do corpo. Hoje li que se produziram alterações em ratos, as eternas cobaias, e que se equaciona a probabilidade de se poderem vir a manipular células humanas, a fim de atrasar o seu envelhecimento, introduzindo substâncias que as alterem nesse sentido, o que poderá ajudar-nos no combate a algumas doenças. Sinto, sem desvalorizar, mais uma vez o digo, os avanços da genética e da medicina, que trabalho com o parente pobre do Homem. Não gosto deste sentimento que sinto amiúde, e que me chega tantas vezes, de um Homem dividido entre corpo e sistema psíquico, onde um é causador de sérios investimentos, e o outro, fica muitas das vezes esquecido, mesmo no essencial. As próprias pessoas, na generalidade, parecem esquecer esta parte de si. Ousam cuida-la apenas quando ela sofre, mas quando sofre muito mesmo. Raramente encontro, uma verdadeira preocupação com a evolução enquanto pessoa, e com a saúde mental. Quase como se a mesma nos passasse despercebida, e se assumisse importante apenas quando nos dói muito. Não quero com isto dizer, que todos os seres humanos necessitem de apoio técnico nessa vertente, embora arrisque afirmar, por razões diversas, que esta seria sempre benéfica. Tal e qual como realizados check ups ao corpo, essa análise à mente, por parte de quem sabe fazê-la, seria sempre uma mais valia para o salutar seguimento da individualidade de cada um. Mas mesmo que, por motivos de ordem diversa, não se faça este percurso, poder-se-ia pelo menos gastar um pouco mais de tempo e energia numa auto análise, que se encontra ao alcance de todos. E constitui uma tarefa muito frutífera, para o crescimento interno de cada um. Honestamente, e no panorama que encontro na actual conjuntura, nem percebo o porquê da excessiva vontade de se prolongarem corpos ao infinito, quando por dentro, na alma, tanto parece estar perdido.

2 comentários:

  1. Sim, essa última frase também me deixa a pensar do mesmo modo.

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  2. Pois é :( Tens toda a razão. Mas o Homem continua a ter uma grande tendência para se debruçar e preocupar mais com o que vê com os olhos e sente com a pele :(
    O que eu questiono, mais do que gostaria, é sobre as vantagens (as verdadeiras vantagens) de andarmos por cá tanto tempo...

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