quarta-feira, 15 de maio de 2013

maus agradecimentos

Raramente oiço os ensinamentos que me pespegam com vozes sabedoras daquilo que é "o certo". Estou-me nas tintas para as verdades absolutas vividas em corpos que não são o meu, oiço com o respeito que devo aos que me são próximos e me têm zelo, ainda que eu não queira o excesso. E não quero vezes sem conta, manias, oiço por aí dizer. Desde há muito que me convenci que as coisas acontecem e desenvolvem-se em mim num ritmo certo e sem demais impaciências, não havendo lugares a prévios avisos do que é certo ou errado, não há nada mais frágil no mundo do que a ferocidade das próprias certezas. Acolho as minhas, a meu tempo e a meu modo, e não trata esta aprendizagem nenhum desdém pequenino por consciências alheias. Valem o que valem para quem as sente no lugar exacto onde devem de ser sentidas: no corpo e no tempo de cada um. 

(Saber esperar é realmente uma virtude. Saber esperar pelos outros, é uma virtude ainda maior.)

2 comentários:

  1. Mas se não agradeces, ainda te chamam de petulante nariz no ar... oh-ho!

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    1. Chamam, vezes sem conta. Nunca percebi muito bem se é verdade ou se não. Já percebeste tu?? :)...

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