quinta-feira, 2 de julho de 2009

Da fraqueza mascarada de protecção...

Leio à pouco, num blog recente ( com um artigo bastante interessante),com o qual me identifiquei, uma frase daquelas que me deixa capaz de esmurrar o focinhito de quem a ousa proferir... Há, não te disse antes para não te magoar... Pergunto-me porque existe tanta gente a usa-la... Na minha perspectiva, e salvando as devidas excepções, mais não passa do que a mais descarada demonstração de fraqueza de quem não tem coragem ( isto para não dizer tomates) para assumir o que sente. Cambada de cobardolas, do pior calibre... Ainda por cima, quem por norma utiliza este tipo de expressão, não o faz em vão, nem tem nada de inocente. Fá-lo com sentido. Utiliza um jogo de preocupação, como quem diz, estou preocupado contigo, quero-te proteger... Uma ova, é o que é, que neste mundo e arredores preocupações destas são das galinhas para com os ovos, e pouco mais... O cerne, o busilis, está na falta de coragem de se assumir alguma coisa. Por covardia. E vai-se girando assim, no rengo rengo, no deixa andar, como se a outra pessoa fosse uma pateta de olhos vendados, e não suspeitasse nunca de nada. Pois é minha gente, mas se calhar ás vezes suspeita. E a incerteza que isso deixa no ar, não magoa? E as dúvidas que, em prol dos silêncios dos covardes se assolam nas mentes dos demais não preocupam? Há pois é... Quando se pensa em mascarar situações ou sentimentos relevantes, devemos pensar a fundo em nós e no outro, e não os encobrir, muitas vezes mal e porcamente, o que leva a situações completamente dispensáveis.
Para além disso, e acreditando nas vossas boas intenções, quem vos dá o direito de assumir que o outro é fraco e precisa de protecção? E que vocês são fortes e capazes de dá-la?
O jogo da vida é tipo Pocker. Em cima da mesa, claro, limpo... Jogos do faz de conta são para personalidades ainda adolescentes, onde as experiências acontecem a velocidades galopantes, e onde o espaço entre pessoas é ainda ténue. Na idade adulta, tudo quanto possa prejudicar ou implicar espaços alheios deve ser ponderado com cuidado. E esse cuidado só se consegue com frontalidade... Cá pela minha parte, ando numa fase da minha vida, carente dessa dita que acabei de referir...

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