segunda-feira, 6 de julho de 2009

Nós e as nossas imperfeições...


Já falei por cá, da deplorável faceta do ser Humano, que só valoriza as pessoas quando as perde. Entretanto, apraz-me falar de uma outra situação não menos comum. O apego, na iminência da perca. Não é a mesma coisa, mas é igualmente estranho. Surge, essencialmente quando verificamos, que por esta ou aquela situação, vamos ficar mais longe de alguém. E iniciamos de imediato um processo de aproximação, que mais não é, do que um usufruto exacerbado do tempo que nos sobra. Tem a particularidade de não ser mesquinho, ao contrário da outra. Estamos em processos na sua essência distintos. Aqui, não significa que não se valorize a pessoa enquanto ela está próxima, ou existe. Pode valorizar-se sempre. Mas isso não quer dizer que não se passe a valorizar mais, na iminência de um distanciamento, seja ele de que origem for.
O aproveitar todos os minutos, a sensação de quase dependência da presença de alguém que se gosta, e que de repente pode partir...
Passamos essencialmente a valorizar cada minuto, a não perder a calma, a não desperdiçar tempo.
E, um pouco irritada concluo, que somos uma espécie extremamente burra, que necessita dos chamados abre olhos para valorizar de verdade, esporádicamente, o que se tem todos os dias e parece que não se vê. Realmente... Quem quer que seja que nos criou, poderia ter-nos feito um bocadinho menos limitados, e bem mais despachados. Tanto pormenor, tanta paneleirice, para aprendermos a viver, que até enerva...

1 comentário:

  1. Um livro que textualmente demonstra esta nossa (in)capacidade é "tuesdays with morrie" que já referi. Um bom "abre olhos" talvez seja manter presente a questão: Se eu morresse hoje, morria feliz?
    Para quê desperdiçar tempo com coisas futeis, pormenores inuteis, deixarmos que mesquenhices ou orgulho controle sentimentos?
    Contudo, passar do raciocínio para a prática não é assim tão linear.

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