quarta-feira, 1 de julho de 2009

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Estou na hora do almoço. Vim para aqui escrevinhar qualquer coisita, pra distrair. O meu dia começou mal. Já vos disse que devorei o pastel. Continuou pouco melhor. O estaminé está de pernas para o ar. Eu tento ordenar, no meio da minha desordem interna, capaz de desorganizar qualquer metódico. Ainda se lhe pede que organize alguma coisa... Disparate... Entretanto lembro-me da minha avó. Vá lá saber-se porquê. Ou até talvez saiba. Ela era uma daquelas pessoas que aparentava uma fortaleza inquebrável. Nada a derrubava, todos se socorriam dela em caso de necessidade. Os filhos, os netos, o marido que a maltratou, os vizinhos, os amigos, os conhecidos. Era ela, a pessoa que não quebra, que nunca vi chorar, senão no fim; quando quebrou. Porque toda a gente quebra.

Olham para mim. Que bom aspecto, dizem... Tá boa? Nota-se logo que sim, dizem perguntando e respondendo, por si só... Não percebo. Não, não estou boa. Juro que não percebo. Não é propositado. Não tento fingir nada. Não escondo. Se calhar também não transpareço, mas de qualquer forma não me esforço para esconder. Se calhar saio a ela. À minha querida Avó. Morro de saudades dela. E precisava, agorinha mesmo do seu ombro quase inquebrável ( pelo menos aos olhos dos outros)...

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