Amanhã volto ao trabalho, nem sei se me apetece se não. Num ano que se antevê de mudança, fico sempre com umas borboletas na barriga que me acompanham desde sempre, e que confesso, julguei que me passariam com a idade. Não passou, nem isso, nem outras coisas que me perseguem há muito, algumas até mais banais, como o facto de gostar de pastilhas gorila e de chapéus de chocolate Regina. O mix feelings surge sem que me apeteça muito, alojando em mim sensações antagónicas, do querer seguir, mas com algum receio das consequências. Bem sei que o incerto nos acompanha de perto, já quando nascemos, ninguém sabe o fado, o destino, ou a sorte, que se pode indiciar boa e mudar de rumo com uma rigidez fatídica, fossemos nós assim tão eficazes, e nada neste mundo poderia parar-nos, essa é que é essa.
Até simpatizo com ele, o incerto, o fado, e encaro-o de frente, assim como quem pega um toiro pelos cornos, num a mano a mano legítimo e frontal, sem artimanhas ou capinhas de retaguarda. Venha o que vier. A propósito, gosto de ver pegas de caras, transporta-me assim num ápice, para a coragem, para a valentia, para a supremacia do homem, que de força física reduzida, enfrenta a fera sozinho na arena, também aí, obviamente, de futuro incerto, e com considerável hipótese de perca, quem sabe até, do bem mais precioso.
As minhas apostas nem vão tão alto, nada disso, que tratam apenas caminhos a percorrer, objectivos a traçar, mas que ainda assim, e embora de riscos menores, levam a minha vida dependurada, e ela vale-me que se farta.
Às vezes, nestas paragens, sinto que mudo de caminhos vezes de mais. Aqui e ali, nisto e naquilo, como se cá dentro, apenas e só cá dentro, um ser nómada brota-se, um ser que não atina em terreno seguro, onde atraque e sossegue para sempre. Depois, levo mais longe o pensamento acerca de mim, e vejo-me como se de uma estranha raça tivesse emanado, e que até talvez, a segurança de um determinado porto, não me constituísse um sossego, mas sim um inquietamento. O inquietamento da estagnação, se é que isso existe.
E então continuamos assim. E eu que me avenha com as borboletas.
Até simpatizo com ele, o incerto, o fado, e encaro-o de frente, assim como quem pega um toiro pelos cornos, num a mano a mano legítimo e frontal, sem artimanhas ou capinhas de retaguarda. Venha o que vier. A propósito, gosto de ver pegas de caras, transporta-me assim num ápice, para a coragem, para a valentia, para a supremacia do homem, que de força física reduzida, enfrenta a fera sozinho na arena, também aí, obviamente, de futuro incerto, e com considerável hipótese de perca, quem sabe até, do bem mais precioso.
As minhas apostas nem vão tão alto, nada disso, que tratam apenas caminhos a percorrer, objectivos a traçar, mas que ainda assim, e embora de riscos menores, levam a minha vida dependurada, e ela vale-me que se farta.
Às vezes, nestas paragens, sinto que mudo de caminhos vezes de mais. Aqui e ali, nisto e naquilo, como se cá dentro, apenas e só cá dentro, um ser nómada brota-se, um ser que não atina em terreno seguro, onde atraque e sossegue para sempre. Depois, levo mais longe o pensamento acerca de mim, e vejo-me como se de uma estranha raça tivesse emanado, e que até talvez, a segurança de um determinado porto, não me constituísse um sossego, mas sim um inquietamento. O inquietamento da estagnação, se é que isso existe.
E então continuamos assim. E eu que me avenha com as borboletas.
Às vezes pergunto-me, numa espécie de questão retórica, porque sei que não a consigo responder, se essa necessidade de não estagnação é defeito ou feitio...é que às vezes não calha nada bem...mas está cá, sempre, tal qual bichinho adormecido de sono leve...
ResponderEliminar:)
Ao que parece não existe outra maneira de seguir em frente :):):)
ResponderEliminarBoa rentré :)
Inquietamento da estagnação. I feel the same way.
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