É um assunto frágil, e como qualquer assunto frágil merece atenção em dobro, sendo que ainda assim, mesmo que nele se concentrem todos os olhos do mundo, a fragilidade pode nem desaparecer, dada a impossibilidade de se concluir com eficácia o que se passou. Falam-se de inúmeros casos. Surgem imensas situações daquilo a que chamamos negligência médica. Muitos de nós já a sofreram, alguma verdadeira, outra, qualquer outra coisa, que baptizamos também com aquele nome, porque nos lida com a vida, com a saúde e com a doença, e é um assunto por demais forte para nos limitarmos a arrumar num erro, e pronto.
Convergem aqui um enorme conjunto de circunstâncias difíceis de avaliar com isenção. Se algum profissional cometesse um erro fatal em alguém que me é próximo, por certo a revolta sentida seria de tal forma, que julgo que não encontraria em mim poder de desculpa, por cansado que o mesmo estivesse, por sobrecarregado que se encontrasse. É delicado o assunto, pelo que se tem a perder, sendo que pode até ser a vida, por demais preciosa, dado que implica a perda mor, sendo que a partir daí, já mais nada se perde.
Mas será que não devemos pensar, que o médico e o enfermeiro, também são gente? E que por muito zelo que empreguem, poderão um dia errar um erro sério, que poderiam eventualmente ter evitado? São apenas questões que deixo, sem resposta concreta, apenas e só para nos fazerem pensar.
Obviamente que o julgamento dos casos deverá efectivar-se, avaliando-se todas as condicionantes envolvidas, todas as particularidades. Uns serão efectivamente negligência, outros talvez nem o sejam. Cabe-nos a nós avaliar com os meios que temos. E também aí corremos o risco de errar.
Errar é humano. Avaliar, pode resvalar para o erro. Muitos humanos são um (o) erro.
ResponderEliminarMesmo sabendo dos erros, porque são humanos, tenho uma profunda admiração, gratidão e respeito, pelos médicos e enfermeiros. Bom fds.
Pois...e voltamos sempre ao errare humanum est...
ResponderEliminar:)