quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Livros de auto-ajuda

Nas minhas incursões em livrarias, constato com frequência, que cada vez mais nascem livros de auto ajuda, que supostamente devem ter um efeito direccionado para a mente da pessoa, a fim de lhe trabalhar a postura, a atitude, a forma de ver a realidade. Não vale este meu parecer mais do que uma opinião, que eu mesma chego a discutir. Mas a meu ver, não passam de livros mornos, que não atingem nem de perto nem de longe o objectivo a que se propõem. Que nos livros podemos encontrar muitas das vezes, histórias de vida importantes, de onde retiramos isto ou aquilo que a nós bem se aplica, faz-me sentido, no patamar da partilha de experiências, do crescimento social. Agora um conjunto de conselhos, muitas das vezes pessoais, transformados num meio para que se aliviem processamentos mentais, individuais e únicos, soa-me sempre a abuso. Por outro lado, e confrontando mais uma vez a debilidade deste meu parecer, encontro-os amiúde, em algumas estantes de algumas casas, num lugar de destaque. Nessas alturas, volto sempre a questionar esta minha visão, e reconsidero a sua real utilidade, senão para mim, para qualquer outro alguém. Posso eu julga-los fracos, mas poderá haver quem os considere pertinentes, e os coloque num lugar de destaque, suportando neles as suas decisões. No fundo, e nos caminhos dos dias, o importante nem será o meio. Também não julgo que seja apenas o fim, independente dos trajectos e do respeito pelo outro. Não, isso nunca. Cada vez mais, e à medida que o tempo passa, julgo que o que importa mesmo é o sentimento que se vai experimentando até lá chegar. Nem sei bem onde, mas honestamente, e para minha tranquilidade interna, julgo que vou para algum lado. Nunca me senti bem a caminhar no vazio.

3 comentários:

  1. Acho esse tipo de livros ridículos, um nicho de mercado que se criou e que vende que nem pães quentes. Não critico quem os compra e lê, mas tal como dizes, os livros 'comuns', os romances desta vida sejam eles históricos ou apenas ficção, têm muito mais para nos ensinar!

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  2. Sim, esses são ruins, então aqueles da senhora que fala com Deus.....

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  3. Penso que há caminhos interessantes para a "auto-ajuda". Outros são claramente estupificantes. Mas mais ainda , e aqui falamos desses livros, pela total ausência de credibilidade com que são feitos. Não sendo credíveis, fidedignos,rigorosos, não oferecem nada a não ser ...confusão e dispersão. As aprendizagens são realmente feitas a partir das experiências e das reflexões interiores e não a partir de conselhos ridiculos tipo formula por parte de quem só quer vender. AEfetivamente

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