O que me faz reflectir... Todos os textos que aqui publico são de minha autoria, e as personagens são fictícias. Excluem-se aqueles em que directamente falo de mim, ou das minhas opiniões, ou onde utilizo especificação directa para o efeito.
sexta-feira, 3 de agosto de 2012
Absurdos
Hoje passeiam-se à minha volta vozes internas que alguém expulsa. Não consegue guardá-las no corpo, nem às imagens que encontra. Vê demónios, maldade, uma infinidade de rostos negros e escavacados. A loucura pode ser boa e pode ser má, sempre ouvi dizer. O tonto pode ser feliz ou pode ser infeliz, e ainda pode ter medo. Do mundo, de si, das vozes e de tudo. Não concordo com isto, para mim a loucura deveria ser sempre da boa. A ausência de capacidade e intento são já limitação suficiente, pelo que um mundo cor de rosa deveria ser o mínimo exigido para se figurar no conceito. Não é. Pode-se ser louco e sofrer ao mesmo tempo, manifestação que entra directamente para a categoria de absurdos da existência. Mais um.
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Por vezes, quando olho os velhos do lar onde o meu pai está, penso que a loucura se adapta àquilo que fomos, que se alimenta das imagens que nós, anteriormente, alimentámos.
ResponderEliminar:):) Há muito tipo de loucura Antígona. Todas são limitativas, deveriam por isso ser imunes ao desespero...
ResponderEliminarMas não foi Descarte que excluiu os animais e os loucos da sua plena existência? Os loucos não existem... :)
ResponderEliminarExistem Paulo. Muito embora a filosofia tenha teorias interessantes para encaixar o assunto, existem. Mas de facto é uma pena que existam...
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