sábado, 11 de agosto de 2012

Chato? Chato é andar descalço em casa e bater com o dedo mindinho nos móveis. Isso é que é chato...

Aquela apelidação das coisas chatas utiliza-se em todo o lado e mais algum, com vista a catalogarmos situações ou pessoas das quais não gostamos. O trânsito é chato, o trabalho é chato, o calor é chato tal como o frio o pode ser, e enfim, por aí fora, que o que não falta são cenas chatas para nos atafulhar o espírito cheio de crise e de problemas por resolver. Eu honestamente não simpatizo em demasia com esta expressão que incluo no âmbito da catalogação, finda a qual transformamos coisas em impregnações estereotipadas, que bem analisadas podem muito bem não ser assim tão chatas se a nossa mente se reprogramar para que não sejam. Isto vem-me da veia positiva pregada pelas correntes da Psicologia optimista, que nos ensina a enfiar literalmente as ocorrências dos dias em compartimentos de proactividade, transformando o que de menos bom nos acontece em situações que poderemos aproveitar sempre em prol de qualquer coisa. Concebo que isto dito desta forma possa soar a conversa barata, eu própria tenho dias em que não encontro o lado positivo das tais coisas chatas, muito embora elas o tenham, se não sempre, quase sempre. Soa-me por vezes a uma qualquer teoria defensora de uma resiliência sem limites, isto quando não consigo descolar-me dos aborrecimentos e continuo agarrada à efectiva chatice dos dias. Mas depois normalmente descolo, a fim de me enquadrar novamente, e consigo o objectivo vezes consideráveis.
Falo nisto agora, porque me parece que o País se encontra actualmente mais carente do que nunca de abordagens do género. De abordagens que nos incutam algum espírito de avanço, o mais capaz de nos fazer prosseguir em situações adversas. E curiosamente, já houve tempos em que esta corrente se insurgia mais do que actualmente, ou que simplesmente era mais divulgada pelos meios de comunicação social. Mas ainda assim está muito activa, pelo que quem quiser saber um pouco mais sobre o assunto pode seguir este link do Clube do Optimismo, onde se pode perceber de forma clara e acessível os fundamentos, bem como ter acesso a formações e projectos ligados a esta corrente. Nem tudo o que parece é chato. E mesmo que o seja, pode passar a ser um bocadinho menos. É tudo uma questão de proporcionalidade.

4 comentários:

  1. Bater com o dedo mindinho é chato? Chato é não ter mindinho para bater, ou móveis aonde bater. Aliás, nenhuma das duas situações são chatas, mesmo que em simultâneo. Chato mesmo, é não acreditar muito na Psicologia Positiva como nova vertente Cerelac...

    :)

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  2. Paulo, vês, levando o seguimento de raciocínio tens razão, chato mesmo pode ser isso, ou nem sequer isso... A Psicologia Positiva tem muito de bom. Pode por vezes soar a exagero, mas que somos nós se não seres capazes de adaptação, mesmo que a situações adversas? Beijinhos...

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  3. :):) Beijinho Antígona... Vai ver o site que vale a pena...

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