quinta-feira, 6 de setembro de 2012

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A palavra escrita é qualquer coisa, por isso gosto tanto de ler. Quase tanto como gosto de ouvir. A palavra escrita entra-me no corpo e posso relê-la, se algo me falta, se me apetecer, se assim eu quiser. Aproprio-me então com delicadeza de cada letra, de cada ponto e de cada vírgula, de cada bocadinho que transpõe o que se escreveu. E guardo, guardo tudo muito bem guardado. Aconchego de forma cuidada e deliciosa, miro de um lado e miro do outro, leio em diferentes direcções e depois sossego. Esporadicamente posso deixar notas no local exacto onde devem de estar, letras minhas que também falam de mim. Digo sempre muito quando escrevo. Quem escreve diz sempre muito de si, ainda que por vezes envolva em frases cuidadas e perfeitas o que no fundo são internas agitações. É dessas agitações e movimentos que a vida se faz. Não só, mas também. 

7 comentários:

  1. Gosto da maneira como escreves e acho que escreves bem.

    Um abraço

    Pedro Ferreira.

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  2. Ando cheio de agitações internas e não há frase perfeita que se me saia... As agitações internas bloqueiam fluente escrita, causam tropeções. Esta é a verdade. A minha, que, por mim, andas com frases perfeitas, perfeitas demais... :P

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  3. Paulo, nunca diria que de ti não saem frases perfeitas, ainda que eu saiba, proclame e assuma, que perfeição é aquela coisa que não existe... Mesmo que por vezes, e em agitações diversas que nos abanam o corpo, possamos até julgar que sim :):) Beijinho...

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  4. Também gosto da palavra escrita. Muito não chega para dizer quanto. :)

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