quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Das escolhas...

Lembro-me de em criança gostar de ir ás compras ao supermercado. Hoje, é das coisas que melhor dispenso. Por tudo o que acarreta. Incluindo eu ter de levar as compras para um terceiro andar sem elevador. Enfim, apartes.
Mas o que me desmotiva mesmo é a cara das gentes. Da maioria com a qual me cruzo. Olhares de infelicidade, de passividade de cansaço explícito.
Hoje, na fila do talho, apanho um casal com dois filhos. O marido com ar de quem usa as calças da casa, e ainda de quem abusa do poder que elas lhe dão. Põe e dispõe do que se compra, sem qualquer consulta, sem qualquer partilha. Ela, olhos vazios, completamente. Não transmitiam nada. Nem sequer tristeza. Passividade, talvez. Sim, talvez seja isso. Até mesmo perante os filhos que trabucavam de forma acesa e chamativa. Nada... Nada mesmo...

Esta minha vertente analítica de andar pela rua a analisar as mentes alheias não é boa. Percebo desgraça a mais. Não dou sinais, como é lógico, mas por dentro fico tudo menos indiferente.

Cada um escolhe o que quer, diz-se por aí. Não sei se será bem assim. Duvido muito que aquela mulher tenha escolhido aquilo. Ou então escolheu e escolheu mal.

2 comentários:

  1. As escolhas só passam a ser escolhas quando analisadas á posteriori, porque no momento, são certezas, são decisões, podem é não ser as melhores...
    bj

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  2. Eu tenho esse mesmo hábito que tu... observo muito e, embora muitas vezes veja isso que viste, também encontro muito sentimento e felicidade e, parvito como sou, fico feliz também... :)

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