quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Revistas cor de rosa

Nuns escassos quinze minutos, engulo qualquer coisa à pressa. Por entre dentadas gulosas num Pão de Deus com queijo ( sim, eu sei que isto não é almoço, vale-me a minha mãe desconhecer o meu blog), e um sumo de uma qualquer marca conhecida que se diz light, folheio umas revistas cor de rosa. Abomino-as, é certo, mas a escolha era reduzida. Na prateleira arrumada da pastelaria, repousam Caras, Vips, Sábados (enfim, melhorzinha, mas pouco), e uma série de Jornais locais, enfadonhos e com caras conhecidas por estas andanças. Algumas delas sem grande percurso, mas que ambicionam agora liderar a o Concelho. Boa, gente ambiciosa esta. Tirasse-lhe o chapéu.

Pego em duas. A Sábado, onde encontro, para além de outras coisas, umas ideias para o inicio do tempo de aulas. Os tpc, o tempo em frente à consola, e por aí fora. Não cumpro nada daquilo, ou pouco. Encontro ainda umas frases giras, ditas por grandes Personalidades não sei do quê, como a Victoria Beckham a mandar bitaites sobre a vida de não sei quem. Também vive da má língua. Esta praga está em todo o lado. Pego na outra, já com a Italiana quente, que me há-de manter desperta, entre dedos. Descubro uma Alexandra Lencastre, apontada por uns quilos a mais, e ainda uma esta e uma aquela, lindas e fabulosas.
Chega a minha amiga C., com uma cor de rosa, não sei qual, debaixo do braço. Conversamos quase nada, mas o que chega para eu perceber que não está bem. Não gosto de a sentir assim. Regresso ao meu estaminé, e ela segue para o dela. Mesmo que não queira sou obrigada a pensar que se calhar a revista cor de rosa, que leva de braçado, lhe vai colorir o dia. Afinal são precisas. Tudo é preciso. Se não a nós, a alguém.

1 comentário:

  1. E se isso as deixa felizes, por mais que nos custe a compreender, deixai-os no seu necessário alheamento.
    Lembras-me um excerto de um poema do Gedeão,

    "Cada um é seus caminhos, onde Sancho vê moinhos, D. Quixote vê gigantes. Vê moinhos, são moinhos! Vê gigantes, são gigantes!".

    Mais um vez, pões o dedo na ferida. Excelente observação :)

    Beijo

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