domingo, 13 de dezembro de 2009

A feira...

Inicio o tremelico, quando na sexta ouço um, filha, no Domingo vou para a caça. E tua mãe quer ir à feira de manha. Esfrego a cabeça ( tique antigo, quando algo que não gosto, está para me acontecer), e ainda sonho que talvez a Senhora se demova desta terrível ideia. Ontem, pela tardinha, recebo o tão temível telefonema, com o pedido implícito. Não gosto de falhar a quem mais me acolhe, e, obviamente, acordei leva-la. Após a curta noitada de ontem, a levar com o bando das Gajas indecisas, começo a manha, assim a dar para o cedo, e lá vamos, rumo ao nosso destino. Tudo estava a correr normalmente, quando descubro que o Concelho inteiro e arredores, resolveu poisar na feira, ao Domingo de manha. Mas esta gente não vai à Missa? Nem na época Natalícia? Juro que não entendo. Uma hora de fila para chegar ao destino, uns bons dez minutos para estacionar, e eis que descubro que cheguei ao sítio mais povoado por metro quadrado do planeta. Qual China, qual quê. Feira de Santana, ao Domingo de manha, isso tá bem. Entre bancas, banquinhas, carteiras Louis Vuitton, e Carolina Herrera, do mais falso que existe no mundo, a minha mãe lá descobre a feirante pretendida. Conclui, nos entretantos, que não existe o que procurava. Bravo, vamos no bom caminho. Lá se passeia mais um pouco, aos encontrões, e com o cheiro a sovaco típico das multidões. Entre o 5 pares um euro, e o venha lá vere que é barato, oiço o tão esperado, vá filha, vamos embora. Ufa, respiro de alívio. Pela minha parte, não tenho nada contra feiras. Já tenho até feito algumas compras interessantes. Mas confesso que ao Domingo pela matina, encontro sempre qualquer coisita mais agradável para passar o meu tempo. Antes da abalada do suplício,uma paragem numa barraquita, a fim de ingerir uma bomba calórica frita, dentro de umas boas fatias de pão caseiro. Num daqueles estabelecimentos imunes à ASAE. Sim, aqueles onde se fritam mil febras numa frigideira, onde não existe qualquer instalação sanitária, onde o pão vem em sacas, e o porco do quintal da tia Maria. Foi o que salvou a viagem. E pronto, já desmistifiquei a imagem de tia, que se calhar já construíam de mim. Não sou nada disso. Não gosto da confusão das feiras. Mas sou do povo. Do mais simples que há. E fico feliz por isso. Bom Domingo.

4 comentários:

  1. Eheheh...também já lá fui. É de fugir, com tanta gente que por lá há. Mas vá, uma vez por ano, não 'tá nada mal...

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  2. Eu até gosto de feiras, das comprinhas, das iguarias artesanais. E sou do povo e pelo povo, só não me identifico com o povo. ;)

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  3. Eu cá sou muito povo, mas de feiras fujo sempre que posso. E tenho podido bastante! ;)

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  4. Quando a minha avó me pedia para a levar à Feira, eu detestava. Hoje, dava tudo por uma ida à Feira, ou à Praça da Ribeira, com filas, fritos, embrulhos,com coelhos e patinhos e pintinhos lá dentro :)

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