segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

No caminho da ordem

Já ordenei uma papelada. Pouca, para o monte que por aqui pousa. Já comi uns chocolates. Muitos, para o que devia ter comido, após esta época de excessos. Já dei uma consulta telefónica, nas quais sou perita. Não daquelas a sério, pois essas só frente a frente. Mas daquelas, que não sendo a sério, são quase. Quando alguém de quem gosto, me solicita, porque não está bem. E eu oiço. Mesmo ao telefone, sou uma boa ouvinte. Coloco, propositadamente, uma voz carinhosa, e melódica, que por norma, acalma quem está do outro lado. Presunção, talvez. Mas enfim, dizem que cada um toma a que quer, juntamente com a água benta. E eu apetece-me toma-la agora. Não guardou, digo-lhe, e precisa de fazê-lo. Nesta época, em outras, sempre. Quando se tem um percurso de certa forma duro, é preciso parar. E aproveitar o que possa haver de bom, pelo caminho, para guardar. Para ganhar, assim, tipo uma reserva de energia, suficiente para sustentar a alma, nos tempos mais duros. Para guardar, também é preciso treino. Treino e suporte. Eu, tenho uma ginástica danada nisso. Perguntam-me, como se treina, e como se guarda. E ainda como se faz, quando o bom é pouco, e o mau é muito. Pois, não sei. Há coisas que faço, que não sei ensinar aos outros. Limitações, é isso.

2 comentários:

  1. CF, sempre tive curiosidade em perguntar: E a psicologia funciona com o próprio ou acaba por traduzir-se no "casa de ferreiro, espeto de pau"?
    :)

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  2. Pois, depende. Por norma, consigo que funcione qualquer coisa. Existem sinais que sei ler com facilidade, e que tento gerir, à luz do que conheço. Mas nem sempre funciona. Falamos de emoções e personalidades, e elas são sempre tramadas. As dos outros, e as nossas :)

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