Nas paredes que encontro leio ditos. Uns interessantes, outros banais, alguns profundos, outros ainda, meros desabafos. A nossa necessidade de expressão é de uma grandeza magnífica, jorra-nos do corpo de forma intensa, impossível de conter. Quanto mais concreta, melhor, daí as letras serem um suporte, ainda que dúbio, das opacidades e clarezas das almas.
( Mesmo na minha beira, na porta de casa, leio um amo-te Maria. A Maria pode até saber disso, mas por certo que assim ficou muito mais esclarecida. Concluo pois que sou estranha. Não preciso destas manifestações, chega-me um sussurro, um balbuciar, que se assume com a eternidade possível, ou seja, eternidade alguma.)
Sem comentários:
Enviar um comentário
Deixar um sorriso...