Não perco muito tempo a ler o que escrevo, mas às vezes calha por algum motivo específico. Foi o caso de ontem. Fiquei semi assustada, e teria ficado mais se o assunto não me fosse já ligeiramente familiar, analisado e estudado seriamente nos lugares convenientes e por isso quase digerido internamente. Consigo reflectir seriamente nos mesmos dias em que atiro para o ar, ou melhor para a página do blogue, meia dúzia de palavras sem jeito algum, em género de brincadeira, e completamente isentas de sentido relevante. Tendo em conta que o que se escreve poderá indicar estados de espírito, sentires diversos e ainda ser a expressão real do meu interior, isto poderá deixar os meus caros leitores um tanto ou quanto aflitos com o estado da minha sanidade mental, o mais perigoso de todos os terrenos do mundo. Percebo, não levo a mal, e nem sequer entro em grandes defesas que não tenho por onde. Está de caras, escrito aos olhos de todos, percebido por quem me ler com algum nico de atenção que lhe sobre nas noites que seguem os dias de correria, aos quais se sujeita por certo a maioria de quem me lê, que eu não sou totalmente pura das ideias. Perdoem-me os ociosos, também gosto deles e por isso também lhes admito estes pensamentos. Há muitas alturas em que penso nisto. Não só na escrita, mas por exemplo na fala e na versatilidade da minha existência, capaz de se fazer adaptar ao minuto do sentido, o que faz com que determinadas convicções não mudem com o vento, é bem que se entenda, mas adaptam-se aos dias, aos minutos, a quem está mesmo ali ao lado. Talvez nas palavras que escrevo isso também se note muito, ou melhor nota-se claramente, e é por isso que eu neste exacto momento estou feliz por vos ter escrito isto, não em carácter de desculpa mas de informação, e de ter morto definitivamente aquela imagem de mulher ensandecida que por certo existia em muitas cabeças ai desse lado, até porque isso para vocês deverá ser de extrema importância. Não sou louca. Pelo menos para além da normalidade. Mas rio e zango-me quase ao mesmo tempo, o que é de facto estranhíssimo. E no meio disso tudo, e embora ultimamente nem fale nisso, ainda gosto de sapatos. E muito. E também amo campos de golfe, entre outras coisas que não vêm agora ao caso.
( Sei lá, mais uma ou duas, como o cheiro da minha vela baratinha do IKEA e a fotografia da menina que me sorri todos os dias no calendário da UNICEF. Como vêm, a quererem, podem continuar a passar por cá. Não é loucura, e nem sequer é contagioso.)
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