quinta-feira, 30 de abril de 2009

Está boa...



"Sócrates e Guterres conduzem da mesma forma: não limpam o vidro da frente, não olham para o retrovisor".
Luís Campos Ferreira, deputado do PSD

Hehe... Sempre gostei de brincar com as palavras... Confesso que esta analogia me encheu as medidas :)
(Só não estou a perceber é esta minha escolha de temas, toda no mesmo dia, que deixou o meu blog enfeitado com Guterres, Sócrates e Camarinha... Mau de mais...)

A tradição já não é o que era...


Sean Connery
Hoje, à chegada a um local público, sou surpreendida, pela positiva. Um digno Senhor, que se encontra à porta, vê-me aproximar, e, com uma enorme gentileza, abre-me a porta antes de eu chegar. Pronto, digam o que quiserem, gosto destas mariquices; se à coisa que mais me fascina é um Homem com alguns traços de cavalheirismo. Mas daqueles a sério, que o fazem por educação (que foi sem dúvida o caso), naturalmente, e não por qualquer outro tipo de interesse subjacente. Não estou com isto a querer dizer que os desgraçados do sexo oposto têm de andar armados de doses de atenções em relação a nós, numa correria desgraçada para nos abrirem a porta quando saímos de um carro, levarem-nos os sacos das compras, darem-nos a vez numa fila, não, nada disso. Sou armada aos cucos, mas ainda assim, um cadinho razoável... Só gosto de sentir algum gesto de atenção, de simpatia, o que não implica necessariamente o episódio de hoje, que só acontece, porque o Cavalheiro em questão já é de outro tempo; do tempo em que se tiravam chapéus e beijavam as mãos. Não vamos tão longe; mas há coisas básicas que os nossos Homens se esquecem, ou melhor desvalorizam, e não deviam... Vá, assumam lá que não ficam caidinhas de todo perante um digno Senhor que vos trate com delicadeza, vos puxe a cadeira da mesa, vos ajude a tirar um casaco, ou vos ofereça uma flor... Fora de época? Fora de época são situações tipo Ouve lá o que é que tas à espera para escolheres o que queres comer. Vá lá ver que tenho fome... Isso sim, é fora de época; Hoje e sempre...

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Estás tão diferente...

Linda Evangelista... Duvido que aqui haja algo menos bom a apontar, mas mesmo assim...
Hoje ouvi uma daquelas frases que me deixa em pânico ao esperar o que vem depois... Estás tão diferente... É que depois de um estás tão diferente, podem surgir mil coisas; boas ou más. Do tipo; Estás mais gorda, ou mais magra, mais nova, muito mais velha ( pela abordagem ás vezes penso que quase caquética), com melhor ar, ou com um ar terrível, com um ar saudável, ou com um ar adoentado ( dito de tal forma que me julgo um verdadeiro zombie), com uma óptima cara, ou cheia de olheiras, enfim, uma panóplia de possibilidades, pois nem sempre o que nós achamos é o que os outros acham... E confesso que tenho dias, em que até nem me acho grande coisa, e encontro alguém que me acha fantástica. Ás vezes porém, acho-me elegantérrima, porque me vesti de preto ou coisa assim, e oiço um, credo, está tão escura hoje... Já me aconteceu, também, por incrível que pareça, duas abordagens totalmente opostas, no mesmo dia, de pessoas que me vêm regularmente ( O que me serve para concluir, mais uma vez, que tudo depende da perspectiva). Portanto, confesso que, não gosto da abordagem, ponto!! A de hoje, tendo em conta que até nem me achava nos meus melhores dias, surpreendeu pela positiva. Vá lá, valha-nos isso. Mas por favor, tenho a solicitar, que não me abordem assim, ok? Num dia de maior susceptibilidade posso ficar traumatizada com a pressão a que sou sujeita nos derradeiros momentos seguintes... Não gosto, mas é que não gosto mesmo... Se quiserem comentar, prefiro, como em tudo na vida, objectividade e clareza, logo à partida. Para o bom e para o mau. Não que os olhos dos outros me incomodem, mas de qualquer forma, ninguém é imune. Mesmo os que dizem que são. Esses são é mentirosos. Logo, se é para opinarem favoravelmente, escuso de passar pela angústia, mesmo que hipotética, de poder vir a ouvir qualquer coisa do tipo pior que isso só mesmo isso. Se for para ouvir opiniões negativas, também dispenso a expectativa de, posteriormente àquela frase que não me apetece mais dizer, esperar um estás com um ar radiante, e levar com um credo, que mau aspecto. Não dormiste de noite foi? Estás 10 anos mais velha... Isto por si só já assume um caracter terrível, agora imaginem no fim de estarmos na expectativa de que surja algo de bom... Ninguém merece...

É já amanha...


Lembro-me de ser pequenita, e mesmo antes de saber ler, decorava as histórias da Anita, que a minha tia ( uma das grandes responsáveis pelo meu gosto por livros), me contava as vezes suficientes para que eu as conseguisse decorar, com pontos e vírgulas. Os hábitos de leitura foram sempre patentes lá em casa, sendo que os livros sempre fizeram parte do meu dia a dia, desde muito cedo; alguns deles, povoam hoje as prateleiras do quarto do meu filho, que de resto, acho que vai ter ainda mais afeição aos livros do que eu...
Não possuo todos os que queria, nem de longe, nem de perto, mas tenho algumas colecções que são uma verdadeira paixão, das quais destaco a de Gabriel Garcia Marquez, escritor de minha eleição... Existem alguns livros, com os quais julgo ir manter uma relação eterna, pois esporadicamente, pego neles e leio uma página. Assim, sem mais, só pra recordar, ou para receber qualquer coisa que já me foi dado, e que me apetece relembrar. São uma companhia imprescindível, e acreditem, se estiver a ler um bom livro, nunca me sinto só...
E é amanha, que começa mais uma feira do livro na minha querida Lisboa... Desde que fui para a faculdade, que comecei a frequenta-la, por gosto, e por necessidade; era lá que conseguia, com uns preços mais em conta, adquirir algumas obras que faziam parte da minha lista de possíveis aquisições. É portanto com carinho que a relembro sempre, passeando para baixo e para cima, no meio das barraquinhas das editoras. Hoje, quando vou é por prazer; e este ano, vou tentar ir, num daqueles passeios sem pressas, sem tempos, no meio de histórias, devaneios, meios reais e de faz de conta, que tão bem fazem ao meu imaginário... Ontem, o meu pequerrucho diz-me à chegada a casa: Sabes mãe, um livro é um amigo... Tão pequenino, e já lá chegou...

O simples...


No fundo, no fundo, o que nós ambicionamos, e aproveitando o tema da cara lavada, é simples, muito simples... Não consigo entender a necessidade de algumas pessoas em complicar relações, situações, como se a vida fosse feita de degredos, e nós nada possamos fazer para ultrapassar. Perspectiva pequena, circunscrita e castradora, ao ponto de fazer alguns andarem ao sabor da vontade alheia, do que se espera, não do que se ambiciona. Quanto mais passo pela vida, mais me convenço de que a simplicidade e ingenuidade dos sentimentos são o melhor caminho; só ele nos leva a cumprir os desígnios das nossas vontades sem manipulações... Não percebo, e ao nível do ser Humano, confesso ser uma das minhas maiores dificuldades, o porquê das Pessoas terem medo de escutar o coração... Deve ser por ser demasiado simples...

terça-feira, 28 de abril de 2009

Cara lavada...

Raquel Strada. Esta era uma das escolhas... Boa escolha, sem dúvida; tem excelente aparência, mesmo sem maquilhagem...
Hoje encontro umas dignas Senhoras da nossa praça, que resolvem ir de cara lavada para o 24 Horas ( n, n comprei. Hoje era de graça, e ofereceram-me junto com o meu habitual, que não vou dizer qual é. De qualquer forma, digo tanta vez que é mesmo porque hoje não estou para aí virada; portanto faço publicidade ao 24, que deve estar a precisar, senão não vinha à borlix)... Primeiro, sou acérrima defensora de que o simples é belo; segundo, as Senhoras em questão foram uma boa escolha, pois homenageiam muito bem, o que pode considerar-se de beleza feminina ao natural; terceiro, acredito que não tenham maquilhagem, mas de qualquer forma, duvido que não exista por ali algum trabalhito de imagem, por pouco que seja... Mas tenho a dizer-vos que, apesar de gabar a iniciativa e a coragem destas senhores de se apresentarem assim, sem grandes artefactos, nós, comuns das mortais, não nos podemos dar ao luxo de sair assim de casa, tão descontraidamente... Por mim falo, que ao acordar pela manha, parece que levei um murro em cada olho e que andei à luta, pela noite dentro, com algum felino que me deixou num estado de desgrenhação aguda; para além disso, apresento-me com uma cor a roçar o amarelado, pelo menos agora nos dias de inverno... Um bom duche, uma fatiota acertada,o meu querido secador, a minha base milagrosa, a minha mascara Felina, da Helena Rubinstein ( sim, to a publicitar, é optima, e faz umas pestanas enormérrimas), e mais um pozinho rosado nas minhas bochechas, fazem milagres, e proporcionam-me que saia de casa já a sentir-me gente... E não um bicho qualquer, vindo directamente de Marte, ou coisa assim que o valha... Pronto, não sei se perceberam, mas foi por isto que não me convidaram para a foto de cara lavada :)

segunda-feira, 27 de abril de 2009

M&Ms...


Não sei se é do tempo não aquecer, mas venho aqui confessar-vos que estou com um desejo secreto ( à parte de outros ainda mais inconfessáveis)... Para quem não sabe sou viciada em M&Ms... Um vício controlado, em nome do meu self control, que não é assim tão desleixado quanto isso... Mas hoje, é daqueles dias em que, se apanhasse por aqui um pacotito, eles iam ver-se aflitos comigo... Logo depois de eu me ver aflita com eles a tentar fugir e a não conseguir. Quando no final eu fosse vencida ( sim, estou a dar à partida que eles me iam vencer...), nem um amendoinzinho iria escapar...
Engraçada esta nossa necessidade de compensações quando por algum motivo temos uma sensação de desconforto... A nossa necessidade de conforto é tal, que à luz dos nosso interesses e vontades, encontramos alternativas para aumentar esse estado, de uma forma quase impulsiva... Um tema que dava pano para mangas: quem sabe num dia em que eu não esteja a morrer por ir comer M&Ms... Fui...

domingo, 26 de abril de 2009

Esse sentimento estranho e indescritível...


Encontro alguém que já não vejo à tempo... Diz-me feliz, mudei de vida... Encontrei o AMOR... Por vezes penso a fundo no que significa esta palavra, que toda a gente ambiciona, deseja, venera, mas muitas vezes, não consegue lidar com ela... Foneticamente, soa bem, é uma palavra bonita ( estranhamente e ineditamente soa-me melhor do que love), fácil de pronunciar, por vezes julgo até que fácil de mais... Tão fácil, que se aplica aqui e acolá, perdendo a grandiosidade e esplendor que a caracterizam... No nosso dicionário, encontramos uma definição objectiva, sendo que se considera o amor uma necessidade de manter alguém junto a nós, tal é a afeição que se nutre em relação a esse alguém... Surgem daqui conceitos que me fazem pensar... O que faz alguém conseguir dizer que sentiu amor à primeira vista, é um deles; como se ganha este estado de afeição repentino? A mim soa-me estranho... Não querendo catalogar nada nem ninguém, parece-me sempre prematuro este AMOR assim do nada, só pelos lindos olhos, pelo aspecto atlético, pela figura... Atracção, enfim, compreendo. Mas AMOR? Talvez seja por esta banalização do conceito que as relações assumem hoje um carácter efémero, para não dizer fútil... Tudo é fácil, incluindo o pronunciar de um sentimento que é tudo menos simples... Pela minha parte, considero que o AMOR verdadeiro vai muito, mas muito além... Sentimentos nem sempre dados à partida, que incluem caminhos, percursos, intimidades, e por vezes dificuldades. Estes amores que se encontram assim, como se encontra um pássaro na primavera, não me parecem dignos e merecedores desta palavra... Se calhar sou eu, novamente a armar-me em esquisita, e se assim for, perdoem-me o desabafo; é que eu ainda sou do tempo de um Romeu e Julieta, de um Amor de Perdição, de um Amor em Tempos de Cólera... Embora hoje em dia vigore o Amor Portátil, e um Amar depois de amar-te...

sábado, 25 de abril de 2009


Porque hoje é dia de Revolução, posso revolucionar o que me apetecer; ou pelo menos apregoar o que me apetecia alterar, ou mesmo banir; as horas de acordar, os dias de trabalho, os poucos dias de férias; os parcos salários, aturar as quezílias dos outros, e encontrar pouca gente que ature as minhas; as injustiças, os que têm a mania que são Reis quando não passam de ralé; os armados em sabe tudo que bem espremidos não sabem nada; os que têm a mania que sabem falar e não dão uma para a caixa; os que acham que são donos do mundo, mas bem vistas as coisas nem donos do seu nariz são ( aos pontapés por aí, acreditem); os que criticam tudo e todos, os intolerantes, os insensíveis, os que acham que têm sempre razão, os hipócritas, os intolerantes, os intransigentes, os terroristas, os políticos, os invejosos, os presunçosos, os que dão mais importância ao parecer do que ao ser; o Sócrates, o Pinto da Costa, o João Jardim, a Lili Caneças, o nosso Conde Tigrado e a sua Betty, o Cristiano Ronaldo ( talvez não o banisse, mas cozia-lhe a boca com algo resistente, para não ser possível escapar-se alguma barbaridade), o Príncipe Carlos; as leis da gravidade, as rugas, os pelos indesejados, os cabelos brancos (pfffuu!!!), o buço, as gorduras localizadas; os homens armados em cafagestes ( pronto não sei se os bania, se nos arranjava a nós estratégias de defesa mais eficazes), machistas e com a mania que todas caímos a seus pés; as mulheres cuscas que vivem a sua vida à custa das desgraças das outras em vez de fazerem algo por si próprias... E lálálá, vou parar por aqui senão nunca mais acabo...

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Sacudir a água do capote...


Tipicamente Português, e manifestação pura de falta de carácter. Não sei porquê, mas é das atitudes que mais abomino. No trabalho, na vida, em tudo quanto é lado... Atirar a culpa para o vizinho do lado é tão mais fácil do que assumir que se errou... Frases do tipo Não sei quem foi, Eu não tenho nada a ver com isso, ou Isso deve ser trabalho de fulano, povoam o nosso universo, minando toda e qualquer higienização das relações, nos mais diversos domínios. Por outro lado, e se for para receber louros, está tudo mais do que disponível, mesmo se aí, o mérito for alheio. Causa-me repulsa, daquelas verdadeiras, superiores à causada por um lagarto, uma lesma ou um qualquer aracnídeo, que acreditem, me assusta verdadeiramente... Mas por que raio não existe por ai o culto da hombridade, e não se atribui a César o que é de César, com tudo o de mau ou de bom que isso possa acarretar?? Até porque não custa nada assumir um Sim, fui eu... Enganei-me, por exemplo; e sabe muito melhor um Bom trabalho, quando o ouvimos merecidamente, do que ouvido sem sermos merecedores do elogio... Como Psicóloga, acho até que um elogio ouvido indevidamente, nos deve fazer sentir algum complexo de inferioridade; do tipo, Isto não deveria ser para mim, e porquê?? Se calhar porque não me esforcei o suficiente...
Mas pronto, o ser Humano é mesmo assim; venha o que nos fizer sentir bem ( mesmo que por dentro, na nossa consciência saibamos que não merecemos), ou melhor, nos faça parecer bem; e sacode-se o que nos faz sentir mal; ou nos faça parecer mal, sim, é mais isso; é prático, muito mais do que mudar o que temos de menos bom... Mais uma tipicamente Portuguesa, vamos mandar a culpa ao vizinho. Há, e o cãozinho acima não vem só porque é giro e até tem uma capa, nãããoooo... Também eles, coitaditos, quase sem saber, são protagonizadores da terrível situação acima descrita... Se não perguntem ao vizinho de cima, de quem é o cócózinho em frente à porta do prédio... Do meu cão? Nunca... Deve ser de um vadio qualquer...

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Trabalho comunitário...


Assunto complicado de facto.

O trabalho comunitário, referido no presente, por ter sido aplicado a uns alunos que tentaram encerrar uma Escola, tem muito que se lhe diga. Da minha experiência sobre o assunto, posso dizer-vos que acompanhei de perto um caso, que à parte de ser merecedor de alguma punição, na prática a coisa pia mais fino. O adolescente, normalmente problemático, fica entregue a algum responsável, que pode ou não exercer algum poder. Definem-se tarefas, como varrer ruas, ou outras de carácter semelhante, e posteriormente envia-se um relatório à Entidade ( normalmente Tribunal de Menores) que passou o punição; sinceramente, e à parte de concordar que algo deva ser feito nestas situações, parece-me que o controlo é demasiado frágil, e que no final, regra geral, fica-se na mesma, ou pior, fica-se com o rei na barriga, pois mais uma vez, com a postura de gingão, se deu a volta, sem ser verdadeiramente punido.
E existem melhores soluções? Pois, boa pergunta, para a qual assim à primeira vista não me surge resposta; até porque cada caso é único, e deverá ser analisado como tal; mas existem tantas medidas urgentes a necessitarem de ser tomadas. Desde apoios ás famílias, a investimento em prevenção, e em casos mais extremos, como os referidos, uma punição sim, mas com um maior controlo, e uma obrigatoriedade de frequentar serviços competentes de reencaminhamento... O trabalho social é uma das áreas delicadas do nosso País, que tem sido esquecido sob o brilho ofuscante da crise; mas existe, e com uma intensidade tal que a continuar assim daqui por uns anos a crise social iguala ou supera a financeira... E embora por vezes seja positivo chegar ao caos, este, não me parece um caos proveitoso...

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Já merecia um dia assim...

Apesar do dia ter sido em correria, foi gratificante; o meu Rei ( pronto, pronto, prometo que não falo mais no meu Reizinho hoje), e um Parabéns, estou muito contente com o Vosso trabalho... Vão no bom caminho... Não sou muito sôfrega de elogios, mas um reconhecer no final de muitas horas de pressão, sabe que nem nozes... Já merecia um dia assim...

Por uma questão de sensibilidade...


Questiono-me, por vezes, o que faz determinadas pessoas terem uma sensibilidade au point, enquanto que outras têm uma de rinoceronte... Sim, eu sei que tem tudo a ver com crescimento, personalidades, e inúmeros factores circundantes que nos vêm crescer e nos toldam de uma ou de outra forma; de qualquer forma, penso que há um básico, um ponto de partida, quase uma questão de educação, que determinadas pessoas não conseguem atingir... Perdoem-me a franqueza, mas parece-me que em determinadas situações toca o limiar do ridículo.

Pequenos actores em acção; pais babados a ver; pequenos colegas também; educadoras idem... Surge a auxiliar, de dedo no ar: Fulana, quantos almoçam? E da tua Sala, quantos são... Pronto, eu a minha esquisitice. Perdão, a minha sensibilidade...

Coisas de mãe...


Hoje fui ao Teatro... Sim, estou deveras babada; O meu pequerrucho era o Rei :))

Foi lindo, ele portou-se lindamente, e eu fiquei com uma lágrima no canto do olho... Coisas de Mãe...

terça-feira, 21 de abril de 2009

Apetecia-me tanto...


E depois existem aqueles dias em que tudo corre mal, por muito que a gente se esforce... E entre papéis, papelitos e papelinhos surgem as gentes chatas e mal dispostas, que julgam que a minha capacidade de encaixe é ilimitada e que se não for paciência, o problema é meu... E ainda uma série de parasitas que também julgaram que hoje era o dia ideal para me irritar, pois está sol e tal, e ela até deve estar bem disposta; estava, mas foi um estado passageiro, e por agora não estou... Pois entretanto, apareceram ainda aqueles que querem querem, querem querem, e ainda por cima, ás vezes, não sabem muito bem o quê...
A minha sorte é que ainda tenho pela frente sei lá mais o quê, até este final de dia, que na melhor das hipóteses vai terminar lá pra não sei quando... Por isso, meus caros, hoje, antes de me abordarem seja para o que for, cuidado, pois estou perigosa... E se correrem o risco de chegar ao pé de mim, preparem-se, pois antes mesmo de começarem a falar serão decerto excomungados pela minha pessoa... Isto é só um aviso... Pronto, pronto, já sei; é por estas e por outras que me chamam mau feitio...
Mas posso ficar melhorzinha; se me trouxerem um cheesecake... Uuuui; apetecia-me tanto...

O beijo...


O P2 de hoje fala-nos do beijo, analisado pela luz da ciência, como sendo uma componente humana, que dependendo do género, assume maior ou menor importância... Cá para mim, beijoqueira q.b, julgo que não existe maior artefacto de cumplicidade, aproximação, estimulação, e afins entre duas pessoas apaixonadas; um elo de ligação que apela à intimidade... Todos se lembram de certo, que a Prostituta protagonizada por Julia Roberts, no filme Pretty Woman, não beijava os seus clientes, por considerar o beijo demasiado intimo; e é, de facto... Pela minha parte, confesso que não me consigo imaginar entre as 650 milhões, que segundo um Estudo da Universidade de Bochum, nunca conheceram o sabor de um beijo por razões culturais; que desperdício de emoções... Nos dias de hoje, tenta-se analisar as mais variadas sensações à luz da ciência, e tenta-se como que explicar o que, para mim, é completamente inexplicável à luz do concreto. O beijo, é dessas coisas... Representa uma manifestação pura do mais sublime e mágico que existe, da proximidade, do toque, do aconchego... Fala-se ainda no estudo, em jeito de graça, que o beijo masculino apela à malandragem, pois é cheio de segundas intenções; como que um artefacto para seduzir a fêmea, e torna-la mais disponível através da transferência de testosterona pela saliva... Meus queridos, acreditem, estão perdoados por esta malandrice... Ponto de partida, ponto de chegada, o que quiserem... Mas sem ele é que não...

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Isto hoje tá bonito tá...


Há pessoas assim, que levam tudo a rigor; levam a rigor as obrigações dos outros, levam a rigor as horas marcadas por si, levam a rigor o que lhes dá jeito, e não interfere com os seus interesses, em suma levam a rigor aquilo que é fácil e bom... Depois deixa-se de ser rigoroso nos horários a cumprir, nas obrigações que lhes competem, e no que não dá jeito; chamo a isto cata vento, cara de feijão frade, dois pesos duas medidas, ou para ser mais exacta, falta de carácter, de personalidade, de carisma, e de responsabilidade... E ainda mania que se tem o rei na barriga e que não se precisa de nada nem de ninguém porque se é perfeito... E se há conceito que me irrita é o de perfeição, ainda mais quando se está a anos luz de qualquer coisa semelhante... Caramba, será que não têm espelhos em casa? Não seja por isso, tenho espalhados pela minha, pequenos, grandes e assim assim... Sou vaidosa, e decerto me farão falta, mas dispenso algum em nome do meu altruísmo, em prol daqueles que coitaditos desenvolveram alguma limitação, e que precisam de andar com um de pendura, pra se mirarem em momentos de pseudoglória... Se bem que o que precisavam mesmo era de uma consciência. Mas isso não posso partilhar; é demasiado preciosa para andar por ai a desperdiça-la; ainda mais por quem acha que a tem melhor do que a minha... É que ser rigoroso não é para quem quer, é para quem pode...

A ciência vista pelo Papa


D. José Policarpo assina em baixo a opinião de Bento XVI...
Boa notícia: Na Igreja Católica todos comungam da mesma opinião; é boa a ensinar as doutrinas e em alienar todo o pessoal; e até conseguem comprovar que verdades cientificas são erradas... Grandes técnicos, não vos parece??? Nós cheios de gente sabedora, incluindo no nosso país, e ainda não tínhamos dado por isso. Ai ai...

domingo, 19 de abril de 2009

Quando elas são mais velhas...



Tema de capa da revista Pública
Embora não me veja no papel, acho bonito, como acho qualquer tipo de amor.
O desenvolvimento de sentimentos das pessoas umas pelas outras não obedece felizmente a regras predefinidas, e é-nos possível perante a panóplia de oportunidades que se nos apresentam, o desenvolvimento de relações, mais ou menos sérias, com quem quisermos, da forma que quisermos, pelo tempo que quisermos, enfim... De qualquer forma, transportando o assunto para a minha pessoa, confesso que não me parecia possível um relacionamento com um Homem consideravelmente mais novo. Não me imagino de facto, embora não por uma questão de preconceito, mas sim por uma questão de personalidade... No entanto, por uma questão de principio, não costumo dizer nunca... Uma lição de vida que à minha custa já aprendi... E como sou uma amante dos sentimentos de amor e afecto, qualquer um é válido, porque nos faz sentir bem, porque nos transporta a estados sublimes, porque nos embalam as noites e nos animam os dias. Não importa a duração, se é viável ou não a longo prazo. O longo prazo é um conceito ultrapassado pela evolução do mundo, das mentalidades, do ser humano. Só os momentos importam e são verdadeiros. As projecções orientam-nos o caminho mas são projecções, e tão somente isso. Por isso vivam felizes; mesmo que não seja até que a morte vos separe...

:)

Baldou-se uma... Aquela malandra. Sentimos a falta...

sábado, 18 de abril de 2009

É ja daqui a pouco...


Está na eminência reunião de parolas hoje!!! E com assunto de ordem, do caraças, e que já tardava ...Até amiguinhas...

Não gosto...


Há coisas que me fazem pensar. Hoje foi uma história contada pelo meu pai, no almoço de família. Estava na fila do supermercado para pagar, e à frente encontrava-se uma velhinha, com compras de comida. Na hora de pagar, faltava-lhe algum dinheiro, e ela chorosa estava na eminência de as ir repor no lugar... O meu pai não deixou, pagando o dinheiro que faltava... Pronto, sei que podem considerar lamechas, mas mexeu comigo. Talvez por trabalhar com eles sou muito sensível a este tipo de problemática. E penso que o nosso país não trata bem os nossos velhinhos. Esquece-se que eles são a origem, que é deles que renascemos, e que enquanto cá estiverem são gente... E merecem dignidade, e ajudas, pois já deram tanto de si... Fico sempre sensibilizada com as dificuldades alheias de quem pressinto mais frágil; seja idoso, seja criança, seja o que for... Patetice, talvez, mas continuo a sonhar por um mundo melhor...

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Deve ser de serem simples...

Bolos Ferradura

Adoro!! Sim, é verdade... Não sei se por me fazerem lembrar a minha querida avó, se por serem simples, e eu sou amante do que é simples, se porque é... Mas eu, que sou uma gulosa assumida, armo-me de doses de coragem, e consigo resistir ao mais requintado doce, e não resisto, mas não resisto mesmo, a uma simples ferradura. Hoje, mais uma vez tive a confirmação... Vá lá saber-se porquê...

Porque mentimos a nós mesmos???


Friedrich Nietzshe, dizia que a mentira mais frequente é aquela que contamos a nós próprios... Independentemente dos desígnios que seguiu, considero que Nietzshe foi de facto um filósofo marcante, subjugado a ideologias fortes e fundamentadas à luz do que defendia. E tinha conclusões brilhantes, como a que atrás refiro, e que me assume cada vez mais, caracter de verdade quase absoluta. Mentimos de facto a nós mesmos; sobre o que nos faz felizes, sobre as metas que atingimos, sobre os nossos ideais de vida. Como psicóloga, chamo a estas mentiras a nossa forma de adaptação à realidade, ao que se nos apresenta de menos bom, e que por factores de diversas ordens não conseguimos alterar... Entramos imediatamente num processo de conformismo, muitas vezes para mascarar uma revolta, e nasce um até sou feliz assim, quando o que se queria da vida, era tudo menos esse assim... Não gosto do pressuposto, nem desta necessidade; julgo ser mais saudável assumirmos o que queremos, o que gostamos, mesmo que, por algum factor não consigamos atingir os objectivos. E aprendermos a viver com as desilusões, com o que não nos acontece, e queríamos que nos acontecesse, com as nossas ambições inatingidas, com as nossas frustrações, e sonhos desfeitos. Só assim, teremos algum poder de mudança; mascarar a realidade perante nós mesmos é um caminho sinuoso e perigoso, que a longo prazo nos coloca num estado de inércia permanente, e nos incute um estado de felicidade morna e fictícia. Pedro Mexia, da-nos a frase perfeita para resumir o que aqui exponho, proferindo que , prefere a sarjeta da verdade ao trono da ilusão... Subscrevo, totalmente; pela minha parte, também prefiro...

Demonstrações de afecto...


Fiquei de facto comovida.

Numa festa de aniversário de uma avó, muito querida por todos, chega a família, e aguarda-se a chegada do neto mais velho para cantar os Parabéns. O neto chega, a avó deixa cair uma lágrima de comoção, e o neto, por incrível que pareça, também... Traz consigo um ramo de orquídeas lindas, que lhe entrega carregadinho de amor... Pronto, confesso, não fiquei com a lágrima no olho, mas quase... Não sei se é por ser Mulher, mas um ramo de flores, por si só, já faz milagres por mim... A situação toda foi de uma ternura tal que nem vos sei explicar. Fez-me bem, como sempre me fazem manifestações de afecto...

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Uma questão de feitio!!!


Definitivamente sou bom feitio! Embora tenha amigas e familiares mais ou menos chegados que teimam em dizer que sou do piorzinho que existe na face da terra. Eu própria chego a pensar que sim. Digo raios e coriscos quando me fazem alguma, mato e esfolo, e mais uma série de atrocidades capazes de fazer Maquiavel parecer um anjinho. Se for vítima de alguma injustiça, então acho que roço mesmo o limiar do diabólico... No entanto, quando menos se espera, a minha ruindade é posta à prova. Deve ser algum ser superior, que quando capta que eu estou armada em "dou cabo de tudo", assim versão Dragon Ball no feminino, resolve abanar-me e lembrar-me que afinal até sou gente normalzinha, e mais, uma amor de pessoa :)) Aconteceu hoje; passou por mim uma digna ( ou não) Senhora que à um tempo resolveu cruzar-se comigo na rua e não me cumprimentar. Assim, à descarada, frente a frente, cross fire... Confesso que à parte de não ter grande afeição pela dita, um bom dia não nego a ninguém, e fiquei um pouco irritada de não ter sido retribuída. Rezo logo a minha ladainha, nunca mais lhe digo nada, e isto e aquilo, sua esta sua aquela... Hoje, passo novamente pela dita, que se arma de simpatia e me saúda com um olá como está? Eu, contra toda a minha potencial garra, desmancho-me que nem gelatina ao sol, sorrio, e retribuo com um Bem obrigada, e a Senhora? Mas o que é isto? De imediato fiquei vermelha de raiva pelo que acabei de fazer, pois tinha jurado a mim mesma a tal postura de "assim me queres, assim me tens"... Logo, queridas amigas, familiares e público em geral, cuidadinho... É que para a próxima que alguém tiver a coragem de levantar o boato que em mim reside um mau feitio, vão ver o que é bom para a tosse... Há pois vão...

Cuba


Consta a possibilidade do fim do embargo a Cuba.
Finalmente, e não seria de esperar uma outra atitude de alguém com o caracter de Obama, surge a possibilidade de evolução para um dos mais belos Países que conheço.
Terá decerto pontos negativos, como possivelmente a perca de alguma coesão do Povo Cubano, mas isso não é significativo perante as portas que se irão abrir para o paraíso de Fidel, amado por Che Guevara, e onde Ernest Hemingway escreveu as suas obras de arte, in La Floridita...
Sem dúvida uma sociedade possante, que longe do mundo actual se desenvolveu a um apogeu inimaginável e julgo que mesmo inatingível a outros povos...
Ir a Cuba, assume um carácter de regresso ao passado, a mentalidades toldadas por um regime à parte, do qual se orgulham, e que proclamam aos Turistas... Viva a Revolução, ainda é frase de ordem, que se grita com orgulho, por uma sociedade com uma cultura histórica riquíssima...
A imagem que deixam, apesar das agruras, é de um Povo pobre, mas feliz, com um orgulho infindável naquilo que é seu, na sua riqueza real, ingénua e circunscrita ao que a terra lhes proporciona. E proporciona de facto; Cuba é um País solarengo, salpicado de sorrisos, e banhada por águas cálidas e de um azul inconfundível... Lindo.
Parece-me que o levantamento do embargo permitirá ao Povo Cubano uma igualdade de circunstâncias que até hoje, injustamente lhe tem sido negada; pelos Estados Unidos, e pelo Mundo... Espero que a força de luta se mantenha, pois chegarão longe.
E já agora, sugiro a todos uma espreitadela, se não vos for possível uma escapadela. Mas se vos for possível escapem...Vale a pena, pelo paraíso terrestre, e pelo que podemos aprender com a força de um Povo... E já agora por um Rum inconfundível, e para quem gosta, por um Cohiba... Nem que seja só sentir-lhe o cheiro...

terça-feira, 14 de abril de 2009

Não me soa bem...

-Oi
-Oi amiga, como estás?
-Bem, e tu? E a respectiva?
-Olha cá estamos, vamos vivendo...
Hum... Não me soa lá grande coisa este vamos vivendo... Que raio é isto???
Perdoem-me a franqueza, mas ir vivendo soa-me a comodismo, a desmotivação... Definitivamente não gosto do som...

Flores...

Porque gosto de flores, de tulipas, de roxo, e me está a faltar a Primavera...
Lindas não são?
E também me falta tempo para grandes devaneios. Por agora fico-me pelas flores; olho para umas destas ao pausar de uma tarde de correria, e soube-me tão bem que resolvi partilhar...

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Isso agora...

E perguntam vocês e bem, com tanta sabedoria, porque não arranjou ainda um?? Isso agora... Tenho a resposta mas não vos digo................

Porque há dias assim...


Tenho para mim que sou forte como um raio, até que não sei muito bem porquê, uma rabanada de vento mais forte me abana quase até eu tombar... Isto de trabalhar com gente pode ser muito bonito, mas não é fácil... Deve ser de família... Eu e a minha querida mana (muito mais ela do que eu) trabalhamos com gente na doença, na dor, no fim... Mas que raio nos deu ás duas, que não encarrilhamos para ser arquitectas, economistas, floristas, cozinheiras, sei lá... Qualquer coisa que nos ponha menos à prova. Não perante os outros, isso não interessa muito; mas perante nós, o nosso ser, o nosso eu, os nossos limites...
Hoje, no meu local de trabalho que muito estimo, e pelo qual nutro um enorme carinho, tenho uma velhinha a partir... Custa tanto, e é uma velhinha. Que já viveu, que já teve o seu percurso, o seu caminho... Não sei se seria gente, para conseguir encarar diariamente, outros tipos de fim. Assim, sem mais nada, a meio de uma vida, de um percurso de um sonho. Tenho quase por certo que não seria capaz... Por isso, e porque hoje estou lamechas, apetece-me mandar um beijo enorme e dizer à minha mana que tenho nela um dos meus maiores orgulhos...

domingo, 12 de abril de 2009

A perseguição...


Só para que saibam a doçaria da casa da avó era composta por morangos com chantilly, mousse de chocolate, torta de coco e pudim de ovos. Tudo feito à moda antiga, e com aquele gosto das avós...
Como que por magia, consegui num extremo acesso de bom comportamento ficar-me por meia dúzia de moranguitos, banhados com chantilly, e um pedacito (quase) inofensivo de torta de coco.
Depois povoaram ainda o meu dia, uns ovos de chocolate ( que não me perturbaram nada por ai além), e umas amêndoas da Confeitaria da Ajuda ofertadas à minha nada gulosa pessoa... Ai é que a porca começou a torcer o rabiosque...Eis senão quando, não percebo muito bem porquê, depois de um dia de comportamentos exemplares, aquelas bandidas das amêndoas me tiram do sério, e todas as minhas boas intenções ficam como que adormecidas. Num acesso de gulosice incontrolável, engulo meia dúzia quase sem mastigar, como se não houvesse amanha...
A minha sorte é que ainda a tempo ( ou melhor quase a tempo, pois ainda engoli umas 6...) acordei para a vida, e de imediato, depositei numa casa alheia, de uns ainda mais gulosos do que eu, o pacote do pecado, que me perseguia lânguidamente... Sim, porque aquilo a que eu não resisto o melhor mesmo é não ter por perto... Ufa, enfim só...

Homem vs Mulher...


De facto, e embora hoje em dia muitas Mulheres consigam assumir-se iguais aos Homens, existem diferenças reais. Nós somos diferentes, e parece-me prudente que o consigamos encarar sem grandes confusões... Por vezes, entro nas ondas feministas, e quase me esqueço que a nossa natureza tem de facto particularidades. Hoje encontro no Público um artigo sobre prestadores de cuidados. Encontro palavras de Homens, que contrariamente ao que é hábito na nossa sociedade, dispõem do seu tempo para cuidar da Esposa, que por um infortúnio da vida teve algum problema de saúde que a deixou incapaz e à mercê de cuidados alheios. Nestes casos raros, referidos na reportagem, os cuidados são prestados por um marido, que contrariamente ao que é habitual se dispõe a fazê-lo. Só por ser raro constitui notícia... É de valorizar, sem dúvida, mas não mais valorizável do que as atitudes de milhares de Mulheres que fazem dessa prestação de cuidados ao marido o seu dia a dia. Mas é tão mais usual... Porque nós somos assim... Cuidadoras, protectoras, enfim. Eles têm inerente um outro tipo de protecção; ainda assumem a figura mais forte da casa, mas onde é necessária a sensibilidade, a afectividade, entramos nós e os nossos afectos; a nossa paciência e a nossa capacidade de adaptação à realidade.
Somos de facto diferentes, e penso que essa diferença é de valorizar. Porque para o equilíbrio do mundo estas diferenças são necessárias. É necessária a solidez do Homem, bem como a sensibilidade da Mulher... Com as devidas adaptações e cedências, como os casos que acima refiro, e que não quero também deixar de louvar. Pelo caracter de excepção, e pela dedicação extrema dos intervenientes...

Doces, docinhos e afins


Abriu recentemente perto de minha casa uma pastelaria que estou a pensar mandar banir... Bolos, bolinhos, brioches, e uma panóplia de gulosices capazes de nos fazer perder a cabeça, e mandar para as urtigas os esforços que fazemos para ter cuidado com o que ingerimos... Começo seriamente a ficar preocupada com a minha aficção que já se começa a estender à família, que quando sonha que vou a caminho já faz pedidos do tipo: "Olha, passa no chocolate ( nome abrev.) e traz uns bolinhos para o café..." Hoje foi um desses dias, sendo que no final de um repasto bem composto, rematamos com uns bolinhos. Amanha, Domingo de Páscoa, rumo até casa da avó, que à parte de nunca ter sido uma excelente cozinheira, sempre foi um exímia doceira, o que é pois terrível, para o culminar de um fim de semana de tentações doces, no final de uma semana de dolce fare niente... Ainda bem que segunda feira é já depois de amanha... Senão julgo seriamente que me iria obrigar a mim mesma a penitenciar-me subindo o terceiro andar de minha casa 20 vezes sem parar. Ou isso, ou rumar até à loja mais próxima a fim de me restabelecer de trapagem capaz de suportar esta semana de engorda... Ufa... Já agora uma Páscoa Feliz... E cuidado com as amêndoas...

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Tenho para mim q vamos conseguir...


Gosto destas tardes em que cinco parolas se encontram para tomar um café, ou um chocolate quente, assim muito ao estilo Sex and the City... Não é em New York, é em Big River ( digam lá que este nome não é in...), mas a essência parece-me a mesma...Não somos quatro, somos cinco, e tenho cá para mim que cada uma de nós tem um pouco das quatro magníficas amigas que povoam a série mais fantástica de todos os tempos... As conversas fluem a uma intensidade majestosa, e centram-se obviamente, não sei muito bem porquê, no sexo oposto, ou seja nos amores e desamores de cada uma. Cinco histórias completamente diferentes, mas que se tocam, aqui e acolá, nas emoções, nos sentimentos, nos sonhos e ambições e nas vontades em sermos felizes... Oxalá consigamos... Um beijo para todas...
( Aqui só entre nós, e embora considere que tenho um pouco de todas, a Carrie é a minha favorita. Digam lá que não é um must... Olhem só para o vestido... E prós Manolos... Sim, só podem ser Manolos...)

Lições de bom gosto...


Encontro uma notícia que refere, a propósito da nova Loja do Cidadão de Faro, uma suposta proibição de usar determinados estilos de roupa, como gangas, decotes pronunciados, saias curtas, ou roupa interior escura. Parece-me exagerado proibir seja o que for, de qualquer forma, o tema dá pano para mangas num País onde a elegância deixa muito a desejar. Lido frequentemente com mulheres de várias classes sociais, subjugadas a diversos estilos, e constato facilmente que Portugal se veste mal. Não precisamos de ir longe para encontrar conjuntos aberrantes, exagerados em cor e em cortes que apenas favorecem o que chamo "imagem de papagaio", e que são um completo elogio ao mau gosto. Isto para não falar dos tais pormenores de revelação acentuados, que são o orgulho de quem usa, mas que, quando tocam o exagero, fazem perder a elegância, entrando facilmente no ridículo, para não utilizar palavras ainda piores, mas não menos adequadas... Não me julguem antiquada, incapaz de usar um decote, uma túnica colorida, uma saia mais curta. Nada disso. Simplesmente penso que se deve valorizar a forma como se usam as coisas, e conjuga-las com alguma sensibilidade. Tirem umas dicas da digna Senhora acima, de uma Carla Bruni, e por ai fora... Um decote, para quem gosta, camuflado com uma transparência por cima, ou com um lenço ao pescoço... Uma ganga conjugada com um Blazer...Uma túnica de cor por cima de uma calça discreta, enfim...
Pena que a realidade do nosso cantinho à beira mar plantado não é bem essa, e emergem de casa todas as manhas combinações horrorosas, com o único objectivo de dizer: "Hello, estou aqui..." Mesmo que a impressão que deixam seja negativa, não importa... Deixam impressão... Não gosto da perspectiva.
Mais, sou apologista de inserir uma disciplina abrangente nas nossas escolas sobre lições de comportamento e bom gosto; o saber ser, o saber estar... Respeitando culturas e estilos, obviamente... Vá, podem atirar-me pedras, não quero saber... O País precisa com urgência...

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Correria...

Fui ás compras... Credo, não devia ter ido. Para além do pirralho me ter azucrinado a paciência até eu enfiar uma carga de Gormittis no carro, acho que toda a cidade tinha ido ás compras. Sim, sei que é Páscoa, altura de reuniões de família, enfim; Mas Meu Deus... Nestas alturas, em que o espírito deveria ser calmo, parece que toda a gente engole umas pilhas fabulosas que não deixam a energia acabar ou diminuir, e a correria instala-se, apimentada com doses de mau feitio e impaciência... Eu, que ia tão calminha, acho que quase fiquei contaminada... "É a minha vez, Senhor..." Grita uma Senhora com os olhos em órbita parecendo ter receio que os bifes se acabem... "Com licença, olhe que lhe levo o carro à frente", grita um Senhor de carro cheio, com um ar alucinado... Mas o que é isto?? Eu que tirei férias para descansar... Eu sei que a minha profissão se presta a aturar desaires, mas confesso, que no supermercado os dispenso perfeitamente...

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Desconfio...


Acabo de ver uma reportagem cientifica que analisa os químicos que compõem o amor... Desde a testoesterona ao estrogéneo, passando por muitas outras com nomes menos conhecidos que não consegui decorar, temos uma panóplia de componentes físicos, palpáveis e reais, que são responsáveis, segundo os estudiosos pelo belo sentimento do amor... Analisando assim, à giza de verdade de la palisse, quase parece simples... Conhecemos alguém com o qual nos identificamos, o bem estar inicia-se, e o nosso corpo encarrega-se de fazer o resto... Depois, venho eu, com a minha mania das Psicologias, entrar no campo do subjectivo, e dizer que a nossa mente, não tem nada de prático, e complica até à exaustão a simplicidade da ciência... Ao que os cientistas chamam de química do amor, nós chamamos atracção; ao que eles chamam de amor romântico, nós chamamos de paixão, identificação, prazer e bem estar, que com muita pena minha (ou não), não consigo explicar assim, à luz da ciência objectiva, como se máquinas fossemos. E as nossas projecções, os nossos ideais, as nossas ambições? Não ponho propriamente em causa teorias consideradas cientificas, mas permitam-me acrescentar que o poder da nossa mente vai muito mais além do taxativo... Ou não fossemos nós seres individuais, únicos... Não me agrada a ideia da pílula do amor. Que é isto? E o arrepio? E o bater de coração mais acelerado, o suor frio? Hum, qualquer dia andamos na rua, vislumbramos alguém com um mínimo de interesse, e tomamos um comprimido. Passados dez minutos estamos apaixonados... Credo, que tédio... Mas podemos sempre ver o lado bom... Passamos pelo Brad Pitt, encurralamos o moço, e fazemo-lo engolir uma caixa a olhar para nós ( Boa T)...

Sim, estive aqui e gostei. Vi animaizinhos, uns lindos, outros nem por isso; fartei-me de andar a pé; vi golfinhos e leões marinhos capazes de habilidades consideráveis... Andei no teleférico (inédito,e a não repetir enquanto me lembrar da sensação de não ter os meus pézinhos bem assentes na terra); sim, gosto de ir ao Zoo...

terça-feira, 7 de abril de 2009

Para eles...


Mais umas dicas para eles... Custa serem doces, atenciosos, mimarem-nos até mais não, prendarem-nos a torto e a direito, dizerem que somos as mais lindas, ajudarem-nos em tudo e mais alguma coisa, e dizerem-nos a toda a hora que nos amam? E aturarem com um sorriso nos lábios os nossos acessos de mau humor, crises existenciais e alterações hormonais? Não custa pois não? Há, ás vezes até parece que custa... Bhaaaa...

O caminho...


Não percebo muito bem esta súbita necessidade que por vezes me assalta de respostas e de pontos sobre os iiissss. Que mania do ser Humano em procurar certezas neste mundo incerto... Parece-me sensatamente que o melhor remédio para a nossa organização interna, é conseguirmos adaptarmos-nos ao caos do mundo desorganizado, de vontades momentâneas, umas vezes satisfeitas, outras nem por isso... Acho que necessito treinar esta adaptação ainda mais a fundo... A melhor das organizações só pode mesmo ser a desorganização, ou seja a adaptabilidade levada ao extremo, sem receios, sem medos, com sofreguidão, mas sem ambições grandemente definidas... Ambições sim, mas adaptáveis, ás circunstâncias, ás ofertas, ao que se nos apresenta. A rigidez na ambiguidade do mundo não será prudente... Só um caminho flexível, subjugado a um fio condutor, nos poderá levar a um estádio pleno de felicidade...

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Gandas Xutos... Sempre...


Chega hoje ás lojas o novo álbum dos Xutos e Pontapés... A banda na qual ainda em criança, comecei a ouvir falar pela boca do meu pai, nos meus sete, oito anos, e que achava inocentemente que era mais uma das suas brincadeiras para me fazer rir, pois não concebia uma Banda com esse nome... O meu pai fazia render a fruta, e eu ria, longe de pensar que aquele nome que julgava fictício ia povoar a minha adolescência, e mais, a minha adultez... Volvidos uns anos, ouvia concertos dos Xutos por todo o lado onde passavam e que me fosse possível deslocar; desde a Semana Académica, ao Festival de Vilar de Mouros, ás Festas da Cidade... Marcaram sem dúvida a minha adolescência, e hoje em dia, se puder ainda os ouço; porque continuam a ser uma Banda Rock genuína, porque me fazem regressar a momentos deliciosos, porque me permitem viagens aos tempos em que a vida ainda era cor de rosa. São regressos com alguma nostalgia, como todos os regressos, mas são boas memórias... Não sei se algum dia o meu filho irá ouvir Xutos. Se for o caso, parece-me possível numa perfeita cumplicidade entre gerações assistirmos juntos a um Concerto, e vibrarmos os dois... Sim, porque os Xutos continuam a ser à maneira deles, os Homens do Leme...

domingo, 5 de abril de 2009

O amor eterno...


Descubro, com a ajuda de cientistas que se dedicam a estudar sentimentos, que o amor eterno é possível... Confesso que fico feliz, não que tenha propriamente a esperança de que me venha a acontecer, mas essencialmente porque me parece que nos dias que correm o amor deixou de ser um lugar especial, para ser um lugar comum... Sem tanta magia, mais fácil, mas também mais efémero... Diz o estudo, baseando-se numa amostra significativa de casais juntos à mais de trinta anos, que as ondas cerebrais e os batimentos cardíacos ainda aumentam ao avistarem o parceiro; de referir que a amostra era composta de casais que se consideram felizes... Coisa mais linda... Mais, conclui-se que todo o sentimento de envolvência, de pertença, de bem estar aumenta, diminuindo somente aquela compulsão inicial da paixão, que dá progressivamente lugar a um sentimento de cumplicidade e calma, sem desassossegos, tranquilo, sem medo de perca... Confesso que quase me parece um sonho. Num mundo onde se brinca com o que se sente, onde o fútil e o superficial imperam, o que leva alguns casais a conseguirem atingir este estádio pleno, onde a monogamia se instala, juntamente com a felicidade? Chego a questionar-me se é possível... E se for, gostaria de saber como se chega lá... Sim, acho que invejo os cisnes...

A Cidade...


É sempre com agrado que visito a Cidade das Sete Colinas... Memórias, recordações, vivências, a cada virar de esquina, a cada pedra da calçada, a cada beco... Regresso sempre que posso, e a sensação que trago comigo é de um conforto supremo, e de um bem estar soberbo...
A vida é feita de boas sensações...

Aqui, junto à Estátua, por exemplo...

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Já mereço...


Hum, fim de semana; já mereço... E mereço também qualquer coisita assim ( Estou a gostar de ver o meu blog enfeitado com umas fotos)...

Pina Manique...

É sempre um sentimento de agrado que pousa em mim quando encontro nos Jornais da nossa praça um artigo alusivo à Casa Pia de Lisboa, só porque sim... Tocam-se obviamente os pontos polémicos, mas o mote é outro, e hoje fala-se no Colégio de Pina Manique. Uma aldeia, no meio da grande cidade, onde estudam e residem centenas de crianças e jovens. Vale a pena conhecer. Pela minha parte, confesso que lá deixei um bocadinho de mim. Com muito orgulho, e hoje já com muita saudade...
Quando se entra num Colégio com aquela dimensão, tem-se a sensação de entrar num mundo à parte. Um mundo com crianças, com casas, com escolas, com jardins. Apesar de situações menos boas se por lá tenham passado, o sentimento que fica é a alegria contagiante das crianças que por ali passam os dias, no local que as abraça, que lhe dá educação e que investe no seu futuro.
Experimentem entrar e sair ( com um cadinho de graxa ao segurança talvez consigam), e digam-me se não trazem convosco um sentimento bom...

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Um segredo para vocês, caros Senhores...

Pronto, pronto, esta agora é para vocês, meus caros Senhores...
Se nos quiserem ver pelo beicinho, podem começar por arranjar um nome doce para nos chamar. Não importa qual; importa que seja doce, e que só o usem connosco. Desde chuchuzinho, passando por biscoitinho ( sim, este pormenor da terminação em inho ou inha é importante), bonequinha, docinho de coco, bijuzinha, enfim, uma panóplia sem fim de nomes que fazem as nossas delicias, e que nos fazem julgar tão únicas, tão únicas que chegamos a acreditar das vossas boas intenções...
Sim, eu sei que vocês queriam que eu vos continuasse a ensinar, mas não estou muito para ai virada... Deixei-vos só este miminho; Eu sei, eu sei que sou mulher, mas ás vezes, só ás vezes, também sei dar um cadinho de graxa...

Essa é que é essa...

- Sim, vou ser responsável, e assumo tudo o que devo assumir;
- Ok
-Olha afinal não posso.
- Pronto, posso eu...
Porque existem coisas para as quais alguém tem sempre de poder... E existem algumas facetas da minha vida em que esse alguém sou sempre eu...
Não me irrita ser esse alguém, irrita-me a presunção de quem se julga o melhor do mundo e na primeira hora...

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Q t parece???

Hum, deixa-me ver minha querida...
Pendura-lo nuzinho da silva, no centro de um átrio do baile das velhas, sábado à noite, ou domingo à tarde... Boa???
E nós ao longe a documentar tudinho, pra postar no Correio da Manha!!!

Duas mães, ou dois pais...

Volta aos Jornais e aos programas televisivos um assunto que me é caro, e que me faz pensar; trata-se da adopção por casais homossexuais, e em casos de casais compostos por duas mulheres, da fertilização medicamente assistida de um dos membros. São dois casos distintos, merecendo como tal duas abordagens distintas. Na primeira, trata-se de dar caminho a crianças sem lar, sem vida, sem destino; na segunda, o assunto é mais delicado, embora a mim não deixe de me fazer sentido; de qualquer forma, e no seguimento da vida, e referindo agora essencialmente a educação de uma criança ou jovem por dois homens ou duas mulheres, parece-me que, cada vez mais a nossa sociedade não se rege por princípios estanques, e o desafio ás regras da humanidade é constante e estende-se em elevados domínios. Porquê aqui tanta celeuma? Quando povoamos um mundo onde se produzem clones, onde se controem guerras mobilizadas por dinheiro ou religiões? Não constituirá isto um desafio ás regras do que é natural? A mim, como pessoa, e como Psicóloga, em nada me repugna a educação por dois membros do mesmo sexo; desde que com amor, com dedicação, com carinho. Repugna-me mais um pai e uma mãe ausentes, um pai e uma mãe violentos, ou sem amor para dar. Isso sim, é repugnante... E como diz Eduardo Sá, quantos de nós não fomos educados por uma mãe e uma avó?? Somos menos gente por isso? Menos saudáveis? Parecem-me muitas perguntas para um assunto que merecia mais respostas, mais soluções...

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