Friedrich Nietzshe, dizia que a mentira mais frequente é aquela que contamos a nós próprios... Independentemente dos desígnios que seguiu, considero que Nietzshe foi de facto um filósofo marcante, subjugado a ideologias fortes e fundamentadas à luz do que defendia. E tinha conclusões brilhantes, como a que atrás refiro, e que me assume cada vez mais, caracter de verdade quase absoluta. Mentimos de facto a nós mesmos; sobre o que nos faz felizes, sobre as metas que atingimos, sobre os nossos ideais de vida. Como psicóloga, chamo a estas mentiras a nossa forma de adaptação à realidade, ao que se nos apresenta de menos bom, e que por factores de diversas ordens não conseguimos alterar... Entramos imediatamente num processo de conformismo, muitas vezes para mascarar uma revolta, e nasce um até sou feliz assim, quando o que se queria da vida, era tudo menos esse assim... Não gosto do pressuposto, nem desta necessidade; julgo ser mais saudável assumirmos o que queremos, o que gostamos, mesmo que, por algum factor não consigamos atingir os objectivos. E aprendermos a viver com as desilusões, com o que não nos acontece, e queríamos que nos acontecesse, com as nossas ambições inatingidas, com as nossas frustrações, e sonhos desfeitos. Só assim, teremos algum poder de mudança; mascarar a realidade perante nós mesmos é um caminho sinuoso e perigoso, que a longo prazo nos coloca num estado de inércia permanente, e nos incute um estado de felicidade morna e fictícia. Pedro Mexia, da-nos a frase perfeita para resumir o que aqui exponho, proferindo que , prefere a sarjeta da verdade ao trono da ilusão... Subscrevo, totalmente; pela minha parte, também prefiro...
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