terça-feira, 19 de junho de 2012

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Este fim de semana, numa crónica escrita por um sociólogo no Diário de Notícias, encontro uma crítica meio disfarçada meio declarada a José Saramago. É a sua opinião, não me cabe aniquilá-la ou considerá-la de menor valor, mas não consigo deixar de sentir alguma ingratidão quando me deparo com estes discursos depreciativos direccionados a alguém que nos deixou uma obra como o autor em questão. Sou suspeita, amo o que ele escreveu e nos deixou transcrito nas linhas dos cadernos e dos livros. Considero que o meu amor pela sua escrita me possa influenciar ligeiramente as ideias. Mas ainda assim, e mesmo que a minha consideração e estima pela sua obra literária não fosse tão significativa, isso não seria suficiente para que a minha opinião sobre a dimensionalidade que incutiu na nossa escrita, fosse diferente. Não me importa lá muito os seus ideais e convicções, que isso era lá com ele. Importa-me antes a sua obra, e isso, é já connosco dado que resolveu partilhá-la. É nossa, pertence-nos e é de uma riqueza inigualável.

3 comentários:

  1. Concordo em absoluto. E eu nem sou fã da sua escrita. Mas já sou fã do resto:) É a história de admirar o artista e não a sua arte e às vezes vice versa:) Ainda ontem li uma frase fabulosa que disse, sobre Deus. Ainda hei de postá la, lá no AE.

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  2. :) Não precisamos de gostar para apreciar a grandeza...

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  3. Não li. Seja como for qualquer um é livre de gostar ou não. Mas, tal como dizes, depreciar uma obra reconhecidíssima internacionalmente e premiada por aquele que ainda é o mais conceituado galardão, só pode ser inveja, pura inveja, é assim o português, infelizmente - invejoso como só ele!... Há quem já tenha chegado ao cúmulo de depreciar o próprio galardão só para justificar o "imerecimento" do autor! inveja e política, ou uma ou outra.

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