terça-feira, 19 de maio de 2009

Dos animais de estimação...


Sempre gostei de animais de estimação. Não tenho nenhum cá por casa, pois o que gosto verdadeiramente são cães e gatos; como tal, e como a minha vida não se compadece com passeio de cão, e as alergias do pequeno não se compadecem com o pelo do gato, não tenho nada. Não que os outros animaizinhos não sejam uns amores, nada disso; mas gosto que me dêem alguma atenção ( Sim, é o meu lado egoísta), e não que estejam para ali enfiados num aquário, gaiola, ou caixa, a ver o mundo girar em volta...

De qualquer forma, e desde criança, já tive vários animaizitos, de várias espécies, na casa dos pais ou dos avós. Mas são os da casa dos pais os que verdadeiramente me fazem pensar no conceito de animalzinho de estimação, doce e meigo. É que tudo quanto por ali passa, vem verdadeiramente arraçado de fera. A começar, pela tartaruga, Sora Dona Carolina. Eu adorava a bicha, pois ela até dava alguma pica. Não era daquelas sonsinhas, mas sim das que trepava as paredes do aquário, e que se escondia lá por casa, onde muito bem entendia. Comia que nem uma desalmada, fez-se enorme, e não é que o raio da bicha me assoprava quando lhe lavava a casa, qual gato desembestado?? Bandida, e ainda por cima era verde... Posteriormente, povoou a nossa casa um lindo peixe vermelho. O Oscar. Vivia isolado, num aquário redondo, pois todo e qualquer espécime de peixe que tivesse o azar de ser depositado naquele recipiente, era de imediato devorado por sua Excelência. Teve azar; foi também ele fustigado, pela nossa querida Gata. Dona Be, de sua graça. Uma gatita siamesa, minorquinha, mas que guardava a casa melhor do que um cão, chegando a empurrar para a varanda, em fuga acesa, visitantes que ousaram chegar, e que não caíram nas graças de sua eminência. Assim é que eu gosto; gata de personalidade, aquela. Teve de ser destronada, pois a minha querida irmã também era alérgica, pelo que foi necessário tira-la do seu império e leva-la para casa da minha avó. Por lá ficou, mais uns anitos, mais calma, talvez por partilhar espaço com outros espécimes. Guardo dela a imagem de rolinho, deitada por baixo do meu edredão, e a graciosidade com que passava na minha mesinha de cabeceira, atulhada de bujigangas, sem derrubar o que quer que fosse. Sim, confesso, tinha um carinho especial por ela... Actualmente, mas em nada degenerando a linhagem, temos por casa o nosso Putchi. Um Caniche, branquinho, lindo, uma fofura de aspecto, mas um verdadeiro terror em forma de cão. Tem uma personalidade antagónica, delirando quando chegamos a casa, implorando atenção, mas capaz de nos rosnar de imediato, se a nossa reacção não for comedida. Há que fazer festas, mas com conta, peso e medida. Ora pois. E para além disso, o melhor é não se contrariar muito sua Excelência, que foi o que fiz hoje, ao tentar apanhar do chão um plástico que tinha caído. Ele adora, eu temia pela sua saúde, pois era deveras provável que o engolisse num só trago. Mas devia preocupar-me mais com o meu dedo, que deve ter passado a uns míseros milímetros da sua bocarra assanhada, qual leão em fúria. E isto é só um dos muitos episódios do Sr Cão, que por ora é o único animal da família. E confesso que todos nós já nos inquirimos sobre o que virá a seguir...
Cá pra mim, e aqui que ninguém nos ouve, é contagio das personalidadesinhas levadas da breca lá de casa... Eu cá não sou de intrigas, mas...

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