domingo, 23 de maio de 2010

Oportunidades, ou então sou eu que digo

Cada vez mais constato, a minha pequenez perante as crianças de hoje. Uma primária feita por detrás do sol posto, no meio dos montes e dos carneiros, a quem se tirava lã. Uma avó que costurava à máquina bordados de flores garridas, enquanto eu brincava com o gato debaixo da mesa. Desenhos animados que davam uma vez por dia, às seis em ponto, durante uma meia hora, que se eu não apanha-se só no dia seguinte, pois mais nada havia. Vídeo não tinha, telefone entretanto chegou. Ganhavam-se coisas, é um facto, mas perdiam-se outras consequentemente. Não fora eu aventureira, e estaria agora numa qualquer casa da aldeia, gorda e airosa, de avental aos folhos, ou do PSD, rodeada de filhos, e com um marido a cheirar a cerveja, coisa que abomino, mas se calhar, com jeitinho, até estaria habituada.
Hoje nada é assim, e as oportunidades surgem a cada esquina. Via net, via real, via assim ou via assado. Os miúdos buscam, deambulam, e crescem debaixo dos nossos olhos, à velocidade da luz, e raciocinam. Isso, raciocinam facilmente, coisa fantástica.
Veste as calças J.
Calças é uma palavra esquisita.
Porque amor?
Porque sim, adapta-se a duas situações. Calças de peça de roupa, e calças o sapato.

Sim querido, tens razão.

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