segunda-feira, 23 de maio de 2011

Incertezas futuras

Nos últimos tempos, e à medida que oiço falar o meio circundante, quer no geral, quer na minha profissão, iniciei um processo de alguma preocupação quanto ao estado geral da população. Que o País está numa fase difícil, todos sabemos. Que daqui em diante, e durante um período de tempo indefinido, a situação poderá agravar-se, é outra realidade. Que é necessária uma urgente intervenção política, capaz de fazer frente ao desafio, é opinião generalizada. Mas e a população no geral? Constituiremos nós um povo, capaz de responder com a exigência necessária? Seremos nós detentores de uma estrutura mental capaz de encarar as exigências que se nos fazem todos os dias, de forma sã e capaz? Ou ficaremos, ao invés, num impasse preocupante, capaz de nos colocar numa inércia doentia, ou até, quiçá, em estado de perturbação ainda mais sério? Honestamente, nem oiço falar sobre isto, a não ser, em meios muito específicos de intervenção. Bem sei que a preocupação geral é a travessia, que já tanto nos exige. Mas ainda assim, julgo que nos andamos a esquecer de que o após também existe. E que as condições a que lá chegaremos, poderão ser delicadas e determinantes, para uma adequada reorganização social. O que propunha, e sendo conhecedora da ausência de milagres ou mágicas soluções, era o debruce sério com as gentes, tal e qual como se faz com os números. A criação de respostas efectivas de suporte, para manter à tona as pessoas dum País, em real risco de tombar. Não solucionaria tudo, mas ajudaria muito. Ao se não, daqui a uns anos, seremos detentores de gente frágil a necessitar de sérios remedeios. O embate a que estamos sujeitos é forte, e nós, precisamos de estar tão ou mais fortes do que ele. Enquanto ser social, sinto-me na obrigação, e dentro do meio onde me movimento, de intervir de alguma forma, e é o que faço. Uma ínfima migalha, é um facto, mas que também a mim me fortalece. Sim, preciso muito.

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