quarta-feira, 26 de maio de 2010

Às vezes minto

Li os resumos, diz-me. Uns pretos e amarelos da Europa América. Rio-me para dentro, claro, eu que também os devorei, aos invés dos Maias, do Amor de Perdição, ou de Eurico o Presbítero.

Os resumos da Europa América, querida? Que é isso? Nunca ouvi falar meu anjo. Ao que prossigo, com um discurso o mais moralista que consegui, apliquei-me, juro.

Sinto-me por ora, dicotomicamente, orgulhosa e mentirosa. Orgulhosa, porque fiz a vontade à mãe, numa tentativa de aplicar a filha considerada rebelde. Mentirosa porque menti, óbvio, e ainda porque a minha costela adolescente está com ela. Principalmente no caso do Presbítero, que os outros, com olhos de ler, valem a pena. E a pobre, que diz querer ser Psicóloga, ainda não descobriu que na Faculdade vai ter de por os olhos no Labirinto da Saudade de Eduardo Lourenço, ao qual ainda não foi atribuído livro preto e amarelo da Europa América. Uma pena.

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